Eliete esteve na terça-feira (5) na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para falar com os policiais que investigam o caso. Ela afirma ainda ter encontrado itens na mochila de Aílton que não pertenciam ao marido, como um fone de ouvido. Os familiares dos pichadores defendem a tese de que não houve confronto e que os pichadores foram executados.
Também na terça-feira, a Polícia Civil voltou ao prédio da Mooca para realizar uma nova perícia. Foi usado o luminol, uma substância que torna possível enxergar manchas de sangue imperceptíveis a olho nu.A Corregedoria da Polícia Militar também investiga o comportamento dos policiais que atuaram no caso.
Imagens
Alex Dalla Vecchia Costa, conhecido pichador da região do ABC, e Aílton dos Santos, entraram às 18h do dia 31 no edifício Windsor, segundo imagens de câmeras de segurança. Em seguida, passaram pela guarita, seguiram pelo hall e pegaram o elevador. Eles fizeram várias "selfies" enquanto subiam até o 17º andar.
O porteiro foi até o hall e voltou para a portaria. Em seguida, o zelador desceu pelo elevador e travou um dos elevadores, com um pé de cabra e uma cadeira.Os policiais militares chegaram ao prédio 25 minutos depois da entrada dos pichadores. Cinco PMs entraram primeiro. Em 11 minutos, mais seis policiais entraram no Edifício Windsor. O entra e sai dos policiais militares foi constante durante pelo menos uma hora.
Na versão dos policiais, os pichadores tentaram assaltar o prédio e foram mortos depois de um tiroteio. Um policial foi ferido no braço.Os amigos e a família dos dois não acreditaram nesta versão e afirmaram que os dois entraram no prédio para pichar. Os investigadores têm gravações de celular de Alex convidando amigos para pichar o prédio.
Alex e Aílton eram pichadores há mais de 15 anos e faziam parte do grupo conhecido como Jets, que nasceu na região de Santo André, no ABC, no fim dos anos 1990. A marca dos Jets é fazer escaladas ou invadir prédios para deixar a sua marca nas alturas. Quanto mais alto o prédio, maior o desafio.
G1