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Mulher de Amarildo vai à 2ª audiência e diz que não desistirá de ossos

 
O filho de Amarildo de Souza, Anderson Dias, declarou pela na manhã que a família espera que a Justiça seja feita e que os criminosos paguem e não fiquem nas ruas.Eu não fui porque meus irmãos iam ficar sozinhos, mas minha mãe, minha tia e o rapaz do bar já foram [para a sede do TJ-RJ]. Esperamos que seja feita justiça. Com certeza, só isso para confortar a gente: que esses criminosos paguem e que eles não fiquem nas ruas. Estamos esperando que eles paguem pelo crime e que isso não venha ocorrer com mais ninguém, declarou.
 
Na audiência, quem passa as informações para imprensa é um assessor do Tribunal de Justiça que está dentro da sala. Os jornalistas estão do lado de fora aguardando informações.
 
O Primeiro a ser ouvido foi o tesoureiro da UPP, soldado Alan Jardim. Ele disse que dia 14 de julho recebeu uma ordem para sair da UPP e fazer patrulhamento externo. Segundo ele, as câmeras instaladas perto da UPP não estavam funcionando. Ele disse que não se lembra quem deu a ordem para ele sair.
 
Ele recebeu ordem de entrar no container de apoio e viu uma viatura chegar com uma pessoa. Ele afirma que ouviu gritos de sufocamento e gemidos bem altos. "Eram gritos terríveis, enlouquecedores. Isso durou 40 minutos", contou, acrescentando que está com receio pois tem sofrido ameaças em redes sociais. "O bom cabrito não berra", completou.
 
 
'Outros Amarildos'
O delegado da Divisão de Homicídios, Rivaldo Barbosa foi a primeira testemunha a depôr no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), no Centro. Ele disse à juíza Daniela Alvarez Prado que podem existir "outros Amarildos". O delegado afirmou à Justiça que outros moradores foram torturados e ameaçados por policiais militares.
 
 
Compra de 'testemunhas'
Segundo ela, o major Edson e outros policiais ajudavam falsas testemunhas para manter a versão de que Amarildo foi morto pelo tráfico. De acordo com relato de Elle, eles prometeram casas, compravam fraldas e davam dinheiro.
 
PMs presos
O major Edson Raimundo dos Santos, ex-comandante da UPP Rocinha, e o tenente Luiz Felipe de Medeiros, subcomandante da unidade, tiveram a prisão decretada em outubro, após denúncia do Ministério Público que constatou a participação dos dois no desaparecimento e morte do pedreiro Amarildo de Souza.
Os policiais foram levados inicialmente para a Unidade Prisional da PM, em Benfica, na Zona Norte, juntamente com outros oito denunciados, mas, a pedido do Ministério Público, os oficiais foram transferidos para Bangu 8.
 
G1

Redação

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