O governador eleito Mauro Mendes (DEM) diz que o aumento das despesas do Estado nos últimos anos, “notadamente a folha de pagamento”, dilatou o rombo das contas públicas, gerando déficit acima de R$ 1 bilhão em 2018 e 2019. Hoje (5), o futuro governador divulgou a informação de que Mato Grosso já tem dívida em aberto de R$ 1,5 bilhão para o próximo ano e 2018 deve ser encerrado com um montante de R$ 1,8 bilhão.
“Se arrecadarmos tudo o que está previsto, ainda vamos ter dívida de R$ 1,5 bilhão no próximo ano, ou seja, se todas as receitas acontecerem, como estão programadas, e se todas as despesas acontecerem como estão programadas, vai faltar ainda R$ 1,5 bilhão para pagar. Muita gente vai ficar sem receber”.
Segundo Mauro Mendes, os indícios do déficit orçamentário do Estado podem ser extraídos dos atrasos de pagamento a fornecedores nos últimos anos e os atrasos de repasse para municípios, nas contrapartidas de custeio público.
Ele diz que a explicação para o quadro no vermelho das contas do Estado é o aumento das despesas acima da arrecadação, nos últimos quatro. Apenas a folha de salários teria crescido acima de 70%. “As receitas elas cresceram também, razoavelmente acima da inflação nos últimos anos. O que aconteceu foi uma elevação das despesas, notadamente as folhas de salário, que só em quatro anos tem um registro de 75% de crescimento”.
Maquiagem
Mauro Mendes afirma que nos últimos anos houve aprovação de previsão orçamentária sem reflexo real das contas. Ele classificou a combinação entre despesas e arrecadação em páreo como “mentira” e “falso equilíbrio”.
“Eu pedi [aos deputados] que façam uma lei orçamentária que seja verdadeira, que seja realística, que usa efetivamente a realidade daquilo que deverá ou poderá acontecer no ano de 2019. Não podemos mais viver num cenário de mentira, de fazer de conta, como em todos os anos era feito, que estava tudo equilibrado”.
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