Foto Ahmad Jarrah
A defesa do ex-deputado José Geraldo Riva (PSD), representada pelo advogado Rodrigo Mudrovitsch, disse que está inconformada com os vazamentos de alguns documentos apreendidos na quinta fase da operação Ararath, da Polícia Federal. Segundo Mudrovitsch é de se suspeitar que esses dados estejam sendo divulgados, referentes apenas ao seu cliente e que não haveria a necessidade de avivá-los.
Segundo a nota enviada pelo advogado, a imprensa, no momento oportuno seu cliente irá se manifestar sobre o teor das apreensões. Mas que o processo de investigação ainda se encontra em fase embrionária e que tais alegações são infundadas.
Nesta quarta-feira (2) vários sites de notícias de Cuiabá, divulgaram documentas supostamente apreendidos na casa do ex-deputado José Geraldo Riva (PSD), pela Polícia Federal – durante a quinta fase da Operação Ararath – contendo cheques, promissórias, contendo notas ficais de carros de luxo, escritura de imóveis e até barras de ouro. A informação noticiada pelo site Midianews e Olhar Direto revelaram o relatório da PF, após a deflagração da operação que investiga esquema criminoso de desvio de verbas e lavagem de dinheiro.
A assessoria da Justiça Federal negou que os documentos tenham sido repassados, por se tratar de um caso que segue em segredo de justiça. A pasta encontrada pela Polícia Federal, pertenceria ao ex-vereador (cassado) João Emanuel (PSD), que na época era genro de Riva. O mandado de busca e apreensão foi cumprido em 20 de maio de 2014 e foi obtido na Justiça graças ao depoimento do delator Júnior Mendonça.
Veja nota da defesa de José Riva:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Em referência às recentes noticias veiculadas a respeito dos objetos apreendidos quando do cumprimento de mandados de busca e apreensão pela Polícia Federal na Quinta Fase da Operação Ararath, a defesa de José Geraldo Riva vem manifestar, primeiramente, seu inconformismo com o vazamento de informações que deveriam correr no mais absoluto segredo de justiça, determinado pelo Supremo Tribunal Federal com relação a todos os documentos que envolvem o caso. Tendo dezenas de citados nesta operação, o que nos causou estranheza, foi o fato de somente os documentos ligados a ele serem divulgados.
Os trabalhos relativos às investigações da Operação Ararath ainda se encontram em fase embrionária, não tendo sido José Geraldo Riva sequer inquirido ou oferecida denúncia em seu desfavor. No momento oportuno e no bojo dos autos do inquérito, José Geraldo Riva explicará todo e qualquer questionamento que lhe for realizado.
Por fim, causa surpresa e espécie à defesa a frustrada tentativa de revolvimento de fatos pretéritos na mídia, vez que as infundadas alegações que anteriormente ocasionaram a segregação cautelar do Sr. José Geraldo Riva já foram devidamente refutadas pelo STF, não havendo motivos para que se tente reavivá-las no presente momento.
Rodrigo Mudrovitsch
Pasta com cheques e até barras de ouro são encontradas pela PF