É o caso da varicela, popularmente conhecida como catapora, que se dissemina mais com a mudança de estação. O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirma que quase nove mil pessoas são internadas por ano em decorrência da varicela, além dos mais de 100 óbitos registrados. O Programa Nacional de Imunização (PNI), do Ministério da Saúde, começou a oferecer em setembro a vacina contra a doença. Com isso, estima-se uma redução de 80% das hospitalizações por catapora.
Febre alta e manchas avermelhadas pelo corpo são os primeiros sintomas da doença. Logo, formam-se pequenas bolhas, que se rompem e viram lesões. Nessa fase, a doença é altamente contagiosa. De acordo com o infectologista do laboratório Cedic Cedilab, Dr. Alberto Chebabo, na maioria dos casos o tratamento é feito apenas com medicações para a coceira e a febre. Mas, em situações especiais, o médico pode indicar tratamento específico com antivirais. “Atenção para dois detalhes: é proibido administrar antiinflamatórios ou aspirinas, e as feridas devem estar sempre limpas, pois a falta de higienização favorece a infecção”, diz.
O médico ressalta que, ao contrário do que muita gente pensa, a catapora pode sim levar à morte. “O vírus pode se espalhar para outras partes do corpo e evoluir para uma pneumonia ou encefalite (inflamação aguda do cérebro), gerando complicações que podem levar à morte. O risco existe, principalmente em adultos”, enfatiza.
A melhor forma de prevenir a doença, segundo Chebabo, é por meio da vacinação. A dose deve ser dada aos 12 meses, com reforço entre 4 e 6 anos. Apesar de ser raro a criança pegar a doença quanto foi vacinada, caso aconteça, será de uma maneira mais branda. O recado também vale para pais e cuidadores que não tiveram a doença ou não estão imunizados: o melhor é se prevenir por meio da vacina. A restrição é apenas para as grávidas.
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