Cidades

MT tem estoque de 3,4 milhões de seringas e negocia compra de mais 11 milhões

O estado de Mato Grosso possui um estoque estratégico de 3,4 milhões de seringas e já iniciou processo de aquisição de mais onze milhões. A quantidade, segundo a secretária Adjunta de Saúde do Estado Danielle Carmona, é suficiente para manter o calendário regular de vacinação e iniciar a campanha de imunização da Covid-19.

A informação foi divulgada na manhã desta quinta-feira (7) durante reunião da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, que contou com a presença virtual da secretária.  “O Governo de Mato Grosso não está inerte. Além do estoque de 3,4 milhões, também foi iniciado o processo de aquisição de 11 milhões de seringas. Estamos trabalhando muito na melhoria de toda a rede de armazenamento e logística, na medida em que também trabalhamos com a possibilidade de compra complementar das vacinas, de forma que seja atingido um público maior do que aquele estipulado pelo Ministério da Saúde”, disse Carmona.

Ainda segundo a secretária, no entanto, os estados brasileiros ainda aguardam a certificação de um imunizante por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“O Estado de Mato Grosso iniciou a elaboração de um Plano Estadual de Imunização que, para ser finalizado, depende da certificação de uma vacina pela Anvisa ou do cronograma do Ministério da Saúde. Há a intenção de fazer uma aquisição complementar, contudo, ainda dependemos da autorização do órgão regulatório”.

A secretária ainda reforçou que, em dezembro de 2020, o Governo de Mato Grosso formalizou a intenção de adquirir 500 mil doses da vacina Coronovac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a empresa Sinovac. De acordo com Danielle, também foi aberto o diálogo junto às gestões municipais, que são responsáveis pela estratégia de aplicação das vacinas.

Ainda que seja considerado um cenário otimista de imunização, o secretário adjunto de Vigilância e Atenção à Saúde da SES e epidemiologista, Juliano Melo, alertou que o início da vacinação no país não deve ser tratado como justificativa para a não execução das medidas preventivas de biossegurança.

“A ideia de que a população já descobriu a cura da Covid-19 pode levar a um descuido generalizado. Do ponto de vista epidemiológico, serão necessários cerca de dois anos com altos índices de cobertura para que tenhamos o total controle da pandemia. Então, apesar de ser o que nós mais esperamos e de ter eficácia comprovada a médio e logo prazos, a vacina não pode impactar nas condutas de prevenção”, concluiu Juliano.

Redação

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