Por mais de 24 horas eles realizaram um bloqueio na Rodovia MT-170, impedindo a passagem de veículos. Conforme o produtor rural Iran Pereira Rios, com a interdição os fazendeiros estão com dificuldades para manter a alimentação do gado.
“Como os animais estão separados em pastos pequenos, muitos já estão ficando sem alimentação. Precisamos remanejá-los para outro local, com pasto”, afirmou ele que é um dos líderes do movimento.
Segundo o INDEA, nas propriedades interditadas, foram identificados seis focos da doença, em 36 animais. O primeiro foco foi identificado em uma propriedade no dia 20 de junho, quando uma mula e uma vaca apresentaram suspeitas de contaminação. O resultado positivo de estomatite vesicular no bovino desencadeou a série de interdições nas demais propriedades, para que a doença não se alastrasse.
Os animais suspeitos da fazenda do criador José Carlos de Almeida vieram do estado de Sergipe. Os proprietários da região estão liberados a realizarem apenas o abate de seus gados e a comercialização do leite, após processo de pasteurização.
Segundo a Coordenadora de Controle de Doenças dos Animais do INDEA, Daniella Bueno, nos próximos dias, 40 (quarenta) equipes da instituição irão investigar toda a região. Conforme a coordenadora a cura da doença é feita de forma natural, sem a necessidade da realização de abates.
O fim das interdições nas propriedades só será possível, passados 21 dias do último animal curado.
PROTESTO
Para buscar um acordo com os produtores, a presidente do INDEA-MT, Maria Auxiliadora Diniz, foi acompanhada do Secretário de Estado de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (SEDRAF), Luiz Carlos Alécio, até o município Castanheira.
Após reunião com produtores e vereadores da cidade, o estado se comprometeu a auxiliar os fazendeiros com a alimentação dos animais. Por sua vez, Maria Auxiliadora acalmou os produtores, prometendo agilidade e apoio a todas as propriedades.