No entanto, apesar de o número parecer pouco, o Estado pode ainda estar servindo de rota para este crime, em função da travessia de pessoas por meio da fronteira entre Bolívia e Cuiabá, conforme depoimento de um homem originário de Bangladesh (país asiático), na semana passada.Em entrevista ao "Bom dia Brasil", na última quinta-feira (24), foi revelado que intermediários ofereceram emprego, bom salário e visto em Brasília.
Nesse trajeto, teria chegado até à Bolívia, vindo para Cuiabá de ônibus e, daqui, seguiu até o Distrito Federal, onde descobriu que tinha caído em um golpe.No DF, a Polícia Federal encontrou, ainda, mais 22 pessoas também vindas de Bangladesh, todas vítimas de tráfico e vivendo em condições degradantes.
O Centro-Oeste é a segunda região brasileira com maior número de casos, 358 em diferentes tipos de casos associados ao tráfico de pessoas.Em primeiro lugar está o Sudeste, com 754 registros, e em terceiro, o Sul, com 332 registros.
O estudo, elaborado pela Comissão de Direitos Fundamentais do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) levou em conta a análise de 1.758 documentos judiciais e extrajudiciais relacionados ao tráfico de pessoas, registrados nas vinte e três unidades do MP.
Os crimes associados ao tráfico de pessoas são: redução à condição análoga à de escravo; aliciamento para fins de emigração; tráfico internacional de pessoa para fins de exploração sexual; tráfico internacional de pessoas; tráfico interno de pessoas para fins de exploração sexual; tráfico interno de pessoas; entrega de filho menor a pessoa inidônea; promover ou auxiliar envio de criança ou adolescente para o exterior.
A pesquisa registrou queixas de pessoas trazidas do exterior e de brasileiros levados para outros países.
As maiores vítimas são principalmente crianças e jovens.Do total de 1,7 mil casos registrados, maior parte (1.348), diz respeito à redução de pessoas à condição análoga à de escravo.
MIDIANEWS