O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) cobrou explicações dos secretários estadual e municipal de Saúde e do diretor do Hospital Santa Helena para prestar informações sobre a possível paralisação nos atendimentos do corpo clínico de ginecologia e obstetrícia por falta de pagamentos. Segundo o órgão, a medida visa impedir um eventual colapso.
Os gestores públicos e o dirigente da unidade têm o prazo de 48 horas para prestar esclarecimentos.
A defesa dos médicos protocolou junto à Promotoria de Justiça um ofício informando que tem enfrentado atrasos reiterados e falta de pagamentos de salários e honorários, sem qualquer proposta concreta ou cronograma para regularização.
Segundo o promotor Allan Sidney Do Ó Souza, na última sexta-feira (20), o corpo clínico chegou a buscar um entendimento com os responsáveis, mas como não foi estabelecido um prazo para a regularização dos pagamentos.
A promotoria foi então oficiada para que intercedesse na conciliação, evitando o colapso na saúde afetando, mais de três mil atendimentos e cerca de 800 partos que são realizados, mensalmente, na unidade hospitalar.
O promotor de Justiça sugeriu que os secretários, Municipal e Estadual e a direção do hospital, avaliem a possibilidade de eventual equipe médica temporária para evitar a interrupção do atendimento médico, protegendo a população, enquanto o impasse financeiro não é solucionado.
“A sociedade cuiabana e a população mato-grossense não precisavam de um presente de grego dessa envergadura, logo às vésperas do Natal”, ressalta Allan Do Ó Souza.