O Ministério Público Federal abriu um inquérito civil para apurar possíveis danos ambientais a índios da reserva Capoto Jarina pela queda de uma aeronave da companhia Gol,, em 2006, próximo ao município de Peixoto de Azevedo (690 km de Cuiabá).
A portaria que informa a abertura do processo como desmembramento de outra ação que investiga danos socioambientais a indígenas da mesma localidade foi publicada na no dia 3 deste mês e é assinada pelo procurador federal Wilson Rocha Fernandes Martins, de Barra do Garças (516 km de Cuiabá).
Ele não especifica no texto os danos prováveis causados pela queda da aeronave, diz apenas ser necessário “aprofundar a instrução relativa aos danos gerados em razão da queda de aeronave na terra indígena”.
O avião identificado como o voo 1907 da companhia Gol caiu na reserva de índios da etnia Kayapó depois de choque com um jato Legacy. Cento e cinquenta e quatro pessoas, entre passageiros e tripulantes, estavam no voo em trajeto de Manaus para o Rio de Janeiro. Todos os ocupantes morreram no acidente. O jato Legacy transportava sete pessoas para os Estados Unidos e conseguiu pousar numa base aérea no Pará com os ocupantes com vida.
Em outubro do ano passado, Supremo Tribunal Federal (STF) encerrou o processo contra os pilotos americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, que comandavam o Legacy, e os condenou a três anos, um mês e dez dias. Uma organização social formada por parentes das vítimas do voo da Gol ainda buscam recursos para sentença mais severa para os pilotos.