Foto Reprodução
Diante do escândalo envolvendo a supeita de irregularidades em pedidos de quebra de sigilo telefônico de políticos, advogados e jornalista, em Mato Grosso, o procurador-geral de Justiça, Mauro Curvo, afirmou que o Ministério Público Estadual (MPE) pode ter sido levado ao erro, quando realizou o pedido de interceptação à Justiça, tendo como base relatório da Polícia Militar.
Neste domingo (14), Curvo deu entrevista ao Fantástico, da Rede Globo, e falou sobre a denúncia de que a PM teria realizado escutas telefônicas ilegais, com a autorização do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT). A autorização para grampear telefones, como o da deputada estadual Janaina Riva (PMDB), teria sido por meio de procedimento conhecido como "barriga de aluguel", em que números de telefones de pessoas sem conexão com uma investigação são inseridos em um pedido judicial de quebra de sigilo telefônico.
Neste caso, a investigação envolvia o crime de tráfico de drogas na região de Cáceres. Segundo Curvo, o MPE deve “presumir a veracidade e a legitimidade daqueles relatórios que são produzidos pela autoridade policial”, ao realizar o pedido à Justiça.
O presidente do TJ-MT, desembargador Rui Ramos, disse que se houve alguma fraude, não foi de atribuição de nenhum magistrado. “Isso veio da fonte competente, que normalmente é do MPE ou preparado pelas autoridades policiais”.
Leia mais
Deputada vai propor CPI para investigar grampos telefônicos em MT
Decisão de sair foi tomada há 15 dias, diz ex-chefe da Casa Civil
Grampos representam um atentado à sociedade, afirma Zaque
Em rede nacional, Taques nega ter sido avisado sobre arapongagem