O Ministério Público Estadual (MPE) abriu um inquérito para investigar a direção da Santa Casa de Misericórdia de Rondonópolis (212 km de Cuiabá) e os médicos da entidade em suposto esquema de pagamento de propina. Segundo denúncia recebida pelo MPE, os profissionais estariam, por determinação do hospital, implantando placas de prótese em todos os pacientes da ortopedia, mesmo sem necessidade clínica, para gerar depesas cujo pagamentos foram transformados em propina de empresas fornecedoras de próteses a diretores do hospital.
Além disso, a direção da Santa Casa estaria fazendo obras e comprando equipamentos a preços fora do mercado visando o suposto recebimento de propina em todas as compras. Também estariam emitindo notas fiscais frias de mercadorias não-compradas. O inquérito foi instaurado pelo promotor de Justiça, Wagner Antonio Camilo, na sexta-feira (24).
De acordo com o Ministério Público, em uma das manobras, os referidos diretores teriam um esquema de transporte com um médico dono da empresa CARMED, empresa de transporte de pacientes, supostamente para prestar serviço desnecessário com pagamento via particular.
A investigação corre em sigilo judicial a fim de, segundo a decisão, se evitar eventual exposição indevida e excessiva das pessoas envolvidas, bem como possível exploração política dos fatos investigados. A direção da Santa Casa tem 15 dias para responder à denúncia do promotor e terá que enviar toda a documentação das pessoas que passaram por procedimento cirúrgico ortopédico e das que foram transportadas pela a empresa citada no inquérito.
Outro lado
O Circuito Mato Grosso procurou a administração da Santa Casa de Misericórdia de Rondonópolis para comentar a a investigação. A direção do hospital ficou de enviar uma nota de posicionamento sobre o caso.
