Gastos com diárias dos servidores públicos da Casa Civil da ordem de R$ 754,6 mil estão sob inquérito aberto recentemente pelo Ministério Público Estadual (MPE), informou a assessoria do órgão.
A Controladoria Geral do Estado (CGE) também fará levantamento e análise dessas mesmas diárias.
Esse valor refere-se somente ao exercício de 2017 e nele há indícios de irregularidade suficientes para motivar uma investigação do MPE. Assim, o montante pode ser ainda maior no correr das apurações.
Quem chefiava o órgão nesse período sob escrutínio investigativo é Paulo Cesar Zamar Taques, primo do governador Pedro Taques (PSDB) e que ficou por lá até maio do ano passado, quando explodiu o escândalo dos grampos ilegais supostamente perpetrados por ele para seguir passos de uma ex-amante.
Logo que Taques deixou o cargo, quem assumiu foi seu adjunto, José Adolpho de Lima Avelino Vieira que por sua vez foi substituído pelo deputado estadual Max Russi (PSB) em outubro do mesmo ano.
A dança das cadeiras na Casa Civil não parou, pois Max Russi decidiu lançar-se à reeleição e por isso teve de se desincompatibilizar de cargo público já no início deste mês.
Responsável pela instauração do inquérito, o promotor André Luís de Almeida está lotado na 13ª Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa. O que o motivou foi uma representação anônima. Alguém caguetou os indícios de irregularidade devido ao grande número de diárias pagas aos servidores da secretaria, que confirmou o valor gasto com esses pagamentos.
“(…) Se constatou um exorbitante gasto com diárias pela Casa Civil, ressaltando-se que não foram raros os casos em que apenas um beneficiário obteve mais de 15 (quinze) diárias em um mês”, escreveu o promotor André Luís de Almeida.
Sobrou para o chefe da Casa Civil atual, Júlio Cezar Modesto dos Santos, explicar a concessão de tantas diárias aos servidores, qual limite mensal para o pagamento destas e com quais critérios.
