“Podemos observar que crianças estão vivendo em um ambiente insalubre, correndo sérios riscos de contraírem doenças. Eles dividem alimentos estragados com animais, isso ainda acontecer no mundo de hoje é um absurdo”, disse.
Ainda de acordo com o promotor, um dos casos mais graves foi de uma mãe que estava no local com os quatro filhos menores. “Quando chegamos ao lixão percebemos uma mulher com os quatro filhos disputando alimento com os urubus. Eles vivem em condições absurdas, sem o mínimo de higiene”, relatou.
O promotor determinou um cadastramento das pessoas que vivem nesse local e das crianças que foram encontradas trabalhando. “Assim que o Conselho Tutelar enviar o relatório com os dados das famílias, serão tomadas providências para retirada delas do local. Já sabemos que essas pessoas recebem o benefício do programa Bolsa Família, então o lugar dessas crianças é na escola”, pontuou o promotor.
Para a conselheira tutelar Aradir Rodrigues, opoder público precisa tomar uma providência urgente. “Temos que fazer alguma coisa e rápido, pois essas crianças correm perigo convivendo com urubus, ratos e outros animais que possivelmente estejam contaminados. Estamos enviando um relatório para a promotoria e logo em seguida será realizada uma nova reunião na quarta-feira (30) para decidir o que fazer”, contou Rodrigues.
O G1 entrou em contato com a Prefeitura de Parnaíba, que por meio da Secretaria de Serviços Urbanos e Defesa Civil informou que já está sendo feito um estudo para a construção de um novo aterro sanitário, que ficará localizado a cerca de 20 quilômetros da área urbana.
Sobre a atual situação do aterro de Parnaíba, o secretário Paulo Meireles informou que trata-se de um aterro controlado e que a prefeitura mantém vigilância permanente no local. “No entanto, nós trabalhamos com pessoas e há falhas, mas nós temos procurando aprimorar essa segurança para não permitir a entrada de pessoas no aterro. A prefeitura tem feito um trabalho permanente junto com a Associação de Catadores para conscientizar essas famílias que moram em bairros próximos de lá, mas há essas falhas”, disse.
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