Além do problema do barranco, que desde o início das obras tem causado tantos transtornos aos motoristas que transitam na lateral do viaduto, há sete famílias que ainda não foram indenizadas e nem removidas do local.
A recomendação do MPE, expedida pelo promotor de Justiça Carlos Eduardo Silva, pede a limpeza e desobstrução das bocas de lobo existentes nas vias públicas no entorno do terreno, a retirada do material depositado no pé do talude sobre a canaleta de escoamento de água pluvial, o isolamento ou a demolição das casas existentes e a utilização das técnicas necessárias para evitar deslizamentos no local.
“A morosidade no encaminhamento de soluções e o agravamento das chuvas acarretaram novos transtornos nas vias públicas da região, especialmente em virtude de alagamentos ocasionados pela movimentação de terra que sobrecarrega a drenagem existente numa das ruas laterais do viaduto”, alertou o MPE em um trecho do documento.
Segundo o MPE, relatório elaborado pela Defesa Civil do Município apresenta preocupações quanto à instabilidade do terreno e os sérios riscos à vida e à integridade física dos moradores residentes na referida área de risco. “O incluso relatório técnico produzido por engenheiros e geólogos a serviço do Ministério Público não deixa dúvidas dos sérios riscos à segurança da população que circula no local, ante a instabilidade das condições do terreno e das estruturas das residências edificadas na localidade”.
Mas antes de o MPE prever o agravamento da situação, Mário Cavalcanti de Albuquerque, geólogo do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-MT), disse ao Circuito Mato Grosso que o corte praticado colocou a rocha em exposição, abrindo a possibilidade de deslizamentos em época de chuvas. E a previsão do especialista vem se concretizando.