Jurídico

MPE abre inquérito para investigar supostas falhas em armas

O Ministério Público Estadual (MPE) abriu inquérito civil para apurar supostas falhas apresentadas em armas da marca Taurus, que foram adquiridas pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) para os policiais de Mato Grosso.

A investigação foi aberta pelo promotor de Justiça Mauro Zaque, da 11ª Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa da Capital, no último dia 20 de fevereiro.

No despacho, Zaque solicitou cópias de laudos efetuados nas pistolas e informações sobre possíveis procedimentos investigativos relativos ao mau funcionamento da arma ao Instituto Criminalístico e a Promotoria do Distrito Federal.

"Considerando o esgotamento do prazo deste procedimento preparatório e que ainda há a necessidade da promoção de outras diligências visando investigar a notícia de falhas em arma da marca Taurus adquiridas pelo Estado de Mato Grosso, Resolve converter o procedimento preparatório em inquérito civil, com fulcro no art. 2º, §9º da Resolução nº10/2007-CSMP/M", diz trecho da portaria.

A instauração do inquérito foi feito após reportagem publicada pelo programa "Fantástico", da Rede Globo, em que foi divulgado diversos problemas com a arma da mesma marca em diversos Estados do País.

Em reportagem publicada no dia 19 de fevereiro, foi mostrado relatos de disparos acidentais da pistola de modelo 24/7 da marca Taurus que estariam causando ferimentos, e até morte. 

Segundo o técnico em balística, Celso Nenevê, as armas só deveriam disparar com o acionamento da tecla do gatilho. No entanto, vítimas descrevem que suas pistolas dispararam sozinhas, simplesmente ao cair no chão, e em alguns casos durante uma movimentação brusca.

De acordo com a reportagem, há pelo menos 99 pessoas que se dizem vítimas em outros 18 Estados e no Distrito Federal. Nos últimos 13 anos, sete pessoas teriam morrido com o disparo sem acionamento manual do gatilho.

Outro lado

O Circuito Mato Grosso tentou entrar em contato com a Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp-MT), mas as ligações feitas não foram atendidas.

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Valquiria Castil

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