O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) investiga uma denúncia de que aproximadamente 60 alunos teriam consumido água imprópria na Escola Municipal Paciência, no distrito de União do Norte em Peixoto de Azevedo, a 692 km de Cuiabá.
Em nota, a prefeitura disse que a denúncia não tem fundamento e muito menos base científica, porque a vereadora não teria apresentado um laudo de laboratório para atestar a suspeita na água oferecida aos alunos.
Segundo a denúncia feita pela vereadora Eliege Krul (União Brasil), o problema persiste há mais de um ano. Imagens enviadas ao g1 mostram a água usada na escola com uma coloração escura.
"Os professores têm que levar água de casa para a escola, de caminhonete. Tem que levar de qualquer forma para poder beber", contou.
A parlamentar destacou que isso reflete um descaso da prefeitura diante do forte calor e da falta de um poço artesiano para abastecer a escola do município. Segundo ela, as merendeiras estão usando água com barro para conseguir lavar as louças na cozinha.
O município nega as irregularidades e afirma que a água é de qualidade. A administração informou que está contratando uma empresa especializada para perfurar um poço artesiano exclusivamente para o colégio.
Um dos relatos dos pais aponta que também falta transporte. "Sem contar que tem alunos que ficam semanas e mais semanas sem ir para escola por falta do transporte escolar", disse.
A região onde está localizada a escola possui várias rochas na área, o que dificulta a perfuração comum para abrir um novo poço, segundo a prefeitura. Essa demora ocorre porque não tem empresa especializada na cidade para esse tipo de serviço.