Os grevistas chegaram a fazer barreiras em terminais de ônibus impedindo motoristas que queriam trabalhar de exercer a função. Segundo a Urbana-PE (sindicato patronal), algumas das 18 empresas da região começaram a contratar trabalhadores do cadastro reserva para substituir os grevistas. A Urbana-PE não soube informar quantos são os funcionários recém-contratados nem o que será feito com os trabalhadores que continuam parados. Via assessoria, afirmou que, como a greve é ilegal, as empresas têm amparo para demitir e cortar ponto.
Na terça-feira (2), o Tribunal Regional do Trabalho arbitrou o reajuste salarial da categoria em 7% e determinou a volta ao trabalho. Os rodoviários queriam 33% de reajuste, enquanto as empresas ofereciam 3%. Ligado à CSP-Conlutas, um grupo de oposição à atual direção do Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco liderou a continuação da greve, contrariando a decisão judicial, o que levou a diretoria do sindicato a aderir também.
O sindicato patronal afirmou que a fase de negociações já acabou. De acordo com a entidade, com o auxílio da polícia, a maior parte da frota está rodando normalmente nesta sexta-feira.
Uma funcionária do sindicato informou que a diretoria está em passeata pelas ruas do Recife nesta tarde. Segundo as empresas de ônibus, o sistema transporta por dia 2 milhões de pessoas na região metropolitana, em 3.000 ônibus. A Secretaria de Defesa Social do Estado informou que, apesar de a PM estar na rua para garantir a circulação dos veículos, não houve incidentes graves envolvendo os grevistas.
Fonte: Folha Online
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