Foto Andréa Lobo/Circuito MT
Cerca de 500 mil usuários do transporte coletivo da região metropolitana de Cuiabá ficarão sem o meio de transporte, nesta quinta-feira (28). O sindicato dos Motoristas (STETTCR) decidiu pela greve geral, após negociações frustradas com os empresários da área. O anúncio da medida foi divulgado em entrevista coletiva, na tarde desta quarta-feira pelo presidente do sindicato, Ledevino Conceição.
O presidente alegou que não irá desistir da pauta de reivindicação que os trabalhadores da área estão pleiteando. “Enquanto os empresários não concederem aumento de 10% aos trabalhadores da área, um vale alimentação de R$ 150 e a comissão para os motoristas, não iremos ceder”, disse Ledevino.
Conforme o líder sindical as condições precárias que os motoristas são expostos diariamente é altamente estressante. As medidas têm o objetivo de valorizar esse trabalho: “é desgastante o dia-a-dia do motorista de ônibus que precisa enfrenta a situação precária do transporte, a revolta dos usuários, as condições de fiscalização, os buracos e quebra-molas e tudo o que o trânsito pode oferecer de ruim”, acrescentou.
Por lei serviços essenciais devem manter 30% dos trabalhadores durante greves, contudo Ledevino não garantiu o cumprimento da lei: “Nós tentaremos agir de acordo com a legislação. Mas não posso garantir nada. A única coisa que posso dizer é que o serviço de transporte amanhã será muito precária”, explicou o presidente.
Ao todo serão prejudicados pela greve 350 mil usuários de Cuiabá e outros 160 mil de Várzea Grande.
Outro Lado
As empresas ofereceram o piso salarial reivindicado pelos motoristas de R$ 2000, 8,5% de aumento para os demais trabalhadores (a pedida foi de 10%), um vale alimentação de R$120 e no lugar da comissão ofereceram um reajuste de acordo com o INPC (índice de Preço ao Consumidor)