O motorista da carreta envolvida no acidente que deixou 41 mortos em Minas Gerais se entregou à polícia, no início da tarde de segunda-feira, 23, em Teófilo Otoni. Ele estava desaparecido desde sábado, quando um pedaço de granito teria caído do caminhão que dirigia e causado o incêndio de um ônibus lotado na BR-116.
O homem havia fugido do local logo depois do acidente e era considerado foragido desde a manhã de domingo, quando a polícia pediu sua prisão. Até ontem, a Secretaria de Segurança de Minas Gerais não divulgou a identidade do motorista da carreta.
Questionados, os responsáveis pela pasta não responderam por que não poderiam informar o nome do homem nem a empresa para qual ele estava trabalhando.
O acidente ocorrido na madrugada de sábado envolveu a carreta, um ônibus e um carro na BR-116, no Vale do Mucuri, na altura do município de Teófilo Otoni. A colisão, seguida de uma explosão, deixou 41 pessoas mortas e mais de 10 feridas.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), acredita-se que um bloco de granito teria se soltado da carroceria da carreta em um trecho de declive e atingido o ônibus, que seguia no sentido contrário da estrada. O ônibus havia saído do Terminal Rodoviário do Tietê, em São Paulo, em direção ao município de Elísio Medrado, na Bahia.
Em seguida, o carro se chocou com a traseira da carreta, deixando os três ocupantes feridos com lesões graves.
CARTEIRA VENCIDA
O motorista do caminhão estava com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa. Já o veículo circulava pela rodovia com excesso de peso.
O homem perdeu a carteira depois de passar por uma blitz da lei seca em Mantena, no Vale do Rio Doce, em 2022, quando se recusou a fazer o teste do bafômetro. Notas fiscais apontam que a carga que a carreta levava teria partido do Ceará e seguia para o Espírito Santo. A PRF chegou a investigar se o motorista estaria no Espírito Santo.