Cidades

Mortes nas marginais caíram 57% em 2016, segundo dados da CET

O número de mortes nas marginais Tietê e Pinheiros caiu 57,14% entre 2015 e 2016, segundo dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) divulgados nesta quarta-feira (25) e comparados com os do no ano passado, durante a gestão de Fernando Haddad (PT), disponíveis no Relatório Anual de Acidentes Fatais de 2015.

O risco de acidentes nas marginais voltou ao debate com o aumento das velocidades máximas nas marginais implantado nesta madrugada. A velocidade subiu para 90 km/h na pista expressa, 70 km/h na pista central e para 60 km/h na pista local a partr da 0h.

A maior queda de mortes no trânsito foi na Marginal Pinheiros, que registrou em 2015 a marca de 19 mortes. Já em 2016, esse número caiu para 7, segundo divulgou o secretário de mobilidade e transportes municipais da gestão João Doria, Sérgio Avelleda. 

O número de 2016 representa uma redução de 63,15% das mortes na marginal Pinheiros em 2016 em relação ao ano anterior. 

O desempenho da Marginal Tietê foi apenas um pouco pior. Foram 30 mortes em 2015 e 14 em 2016, conforme Avelleda – uma redução de 53,3%. No total, as duas marginais juntas tiveram 215 acidentes com vítimas em 2016, deixando 21 mortos. As marcas foram alcançadas no ano seguinte à redução do limite de velocidade nas marginais ocorrida em julho de 2015.

Já os acidentes sem vítimas nas duas marginais totalizaram 2.378 em 2016, divulgou o secretário Avelleda. Em média, diz ele, ocorreram, mensalmente em 2016, 27 acidentes com vítimas na marginal Pinheiros e 24 na marginal Tietê.

Os números divulgados, porém, por Avelleda em relação aos acidentes de 2015 nas duas marginais são diferentes ao relatório divulgado pela gestão Haddad, usado nesta comparação. O secretário afirmou que, em 2015, houve 369 acidentes com vítimas na marginal Pinheiros, com 18 mortos, e 371 acidentes com vítimas na marginal Tietê (com 28 mortos nesta via durante o ano).

Aumento da velocidade nas marginais

Os críticos do aumento dos limites de velocidade argumentam que a redução dos limites propiciou a diminuição da ocorrência e da gravidade dos casos.

Já a gestão João Doria afirma que não é apenas com redução de velocidade que se controla a ocorrência e a gravidade dos acidentes. O secretário dos Transportes de São Paulo, Sérgio Avelleda, cita a redução dos acidentes também nas estradas estaduais, onde não houve redução de velocidade.

A gestão Doria argumenta que o programa Marginal Segura não é apenas o aumento de velocidade, mas também um amplo programa de sinalização, educação e fiscalização no trânsito.

Nesta quarta-feira (25), o secretário municipal de mobilidade e transportes afirmou que as vias continuarão a ser monitoradas após a implantação do programa que aumentou as velocidades máximas.

"As ações compõem um grande pacote que elevam as marginais para vias operadas e controladas, orientadas e sinalizadas, com muito maior capacidade de reação e com ações preventivas, tornando-a uma via de alto nível de fiscalização e muito mais eficiente na proteção e com segurança. Continuamos atentos e reagindo a qualquer evento. A CET vai continuar observando o comportamento da via para adaptar e aprimorar", disse Avelleda.

O presidente da CET, João Octaviano Machado Neto, afirmou na última sexta (20) que as pistas das marginais terão agora a velocidade para as quais foram projetadas. Ele opina que a redução de acidentes verificada no ano passado também se deve à crise econômica e ao aumento do desemprego, o que afetou o número de veículos e viagens realizadas.

Fonte: G1

Redação

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