A terceira vítima da queda do helicóptero da Globo em Recife (PE) morreu nesta quinta-feira (1°), no Hospital da Restauração. O operador de transmissão Miguel Brendo estava internado desde o acidente, no dia 23 de janeiro.
A informação foi confirmada por telefone ao R7 pelo padrasto da vítima, o comandante Wagner Monteiro.
O acidente ocorreu por volta de 6h15 de terça-feira (23), momento em que chovia forte na região. O helicóptero tinha acabado de fazer imagens da capital para o jornal Bom Dia Pernambuco.
O comandante Daniel Galvão pilotava a aeronave e morreu no local. Uma mulher, ainda não identificada, veio a óbito durante o salvamento na praia.
O helicóptero pertence à empresa Helisae Helicópteros do Nordeste, que presta serviços para a emissora carioca há mais de 10 anos.
Em seu site, a Helisae informa que trabalha na captação de imagens aéreas, aerofotografia, aerofilmagem, aeroinspeção, aeroreportagem e aeropublicidade desde junho de 2005. Diz, ainda, que atende grupos empresariais do ramo de petróleo, gás, energia, construção e órgãos do governo.
Recordista
O Robinson R44, modelo de helicóptero alugado pela TV Globo e que caiu em Recife na manhã de terça-feira (23), é o que tem maior índice de acidentes no Brasil nos últimos 10 anos.
Segundo dados do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), o modelo registrou 56 ocorrências do total de 207 acidentes com helicópteros ocorridos no período.
Destes 56 acidentes registrados pelo modelo no Brasil, o principal fator que colaborou para a queda está relacionado ao planejamento de voo, como falhas no plano de voo e condições climáticas; ou julgamento de pilotagem e indisciplina em voo, diretamente relacionados com as ações do piloto no comando do helicóptero.