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Morre Pelé, o rei do Futebol

Ontem (29) os súditos de Pelé, rei do futebol, espalhados pelo mundo inteiro receberam desolados a notícia de seu falecimento às 15h27min por boletim médico apresentado pelos médicos hospital Albert Einstein em tratamento de câncer no cólon em razão de falência múltipla de órgãos.

Nascido em Três Corações/MG no ano de 1940, Edson Arantes do Nascimento viu seu pai Dondinho chorar com a perda do campeonato mundial de 1950 pela seleção canarinho na derrota para o Uruguai por 2×1 num Maracanã com mais de 120 mil espectadores e prometeu a ele que iria conquistar uma Copa do Mundo para o Brasil.

O menino tricordiano, apelidado de Dico no seio familiar, transformou-se no jogador Pelé e chegou ao Santos Futebol Clube aos 13 anos de idade para dar início na base a uma carreira futebolística fantástica, com números estatísticos assombrosos e o colocando como o rei do futebol no mundo.

A estreia no time profissional do peixe aconteceu em 7 setembro de 1956, com apenas 15 anos de idade, saindo do banco de reservas e ainda chamado pelo apelido de “gasolina” para marcar um dos sete gols santistas contra o Corinthians de Santo André. De acordo com os registros oficiais do Santos e do Livro de Recordes, Pelé tem 1.282 gols na carreira em 1.364 jogos, tendo jogado apenas por duas equipes: o Santos Futebol Clube e o New York Cosmos.

Quando se trata de campeonato mundial, Pelé é o único tricampeão, vencendo com a seleção brasileira os mundiais da Suécia (1958), Chile (1962) e México (1970). Todos que assistiram suas apresentações lembram de algum lance de genialidade e daquele gol de placa que poderia ser marcado por Pelé numa partida. Como exemplos desses gols e dessa genialidade pode ser lembrado o gol marcado contra a Tchecoslováquia na Copa do México (1970) ao matar no peito dentro da área um lançamento milimétrico de Gérson e executar o goleiro Viktor.

Nessa partida contra os tchecos Pelé também mandou um petardo do meio-campo e quase conseguiu marcar o gol que sempre sonhou. Ainda na Copa do México (1970), nas quartas de final contra a Inglaterra o rei consagrou o goleiro Banks com uma cabeçada fantástica por ele defendida e na semifinal contra o Uruguai quando deu um magistral drible de corpo em Mazurkiewicz na frente do semicírculo da grande área em duas jogadas que são comemoradas pelos apaixonados por futebol como gols feitos.

Ao se despedir do time da baixada santista Pelé foi para a cosmopolita Nova Iorque disputar um incipiente campeonato de soccer americano e alavancar o esporte na terra de Tio Sam, permitindo que os Estados Unidos crescessem tanto na modalidade que alcançariam o privilégio de sediar a Copa do Mundo de 1994, com Pelé atuando como comentarista, para ver uma vez mais o Brasil vencer a Itália, agora nos pênaltis, e ser tetracampeão mundial.

Bola de ouro hors concours sem ter jogado na Europa e atleta do século sem ter disputado uma olimpíada são homenagens mais do que justas a sua majestade genial por toda a sua brilhante carreira nas quatro linhas de cal, o que demonstra sem sombra de dúvida ser Pelé eterno. Eterno e Infinito.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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