Morreu na madrugada desta terça-feira (7) em Curitiba, no Paraná, a jovem de Cascavel, no oeste do Paraná, que lançou uma campanha na internet para encontrar um doador compatível de medula óssea. A enfermeira de 25 anos estava internada desde o fim de março no Hospital das Clínicas, na capital, onde fez o transplante.
Segundo familiares, Poliana Deves teve complicações após o procedimento realizado no dia 27 e não resistiu a uma infecção generalizada provocada por uma bactéria contraída após o procedimento. O corpo da jovem deve chegar a Cascavel, onde será realizado o velório, no início da tarde, na capela master da Administração dos Cemitérios e Serviços Funerários de Cascavel (Acesc).
A jovem foi diagnosticada com leucemia linfoide aguda (LLA) no início de 2014. A cura dependeria de um transplante de medula óssea. Durante a espera, Poliana contou com a ajuda de um grupo de amigas e familiares para encontrar um doador compatível. A página criada no Facebook reuniu mais de 13 mil membros, e o número de testes de compatibilidades de doadores feitos no Hemocentro da cidade saltou de 150 para mais de 2 mil por mês.
A notícia de que um doador havia sido encontrado, fora do Brasil, chegou em dezembro de 2014, após sete meses do diagnóstico. “Eu ganhei meu presente de Natal, tem gente que espera há anos na fila. Foi uma grande surpresa, a chance é 1 para 100 mil, a gente sabe que e difícil de existir a compatibilidade e não esperávamos que fosse tão rápido. Estou muito feliz”, comemorou na época a jovem.
A novidade também pegou as amigas, que administram a página na rede social, de surpresa. Elas não esperavam que o doador fosse encontrado em poucos meses. “Ficou todo mundo extasiado, sem palavras, a gente sabia que ia acontecer, mas achávamos que ia demorar”, afirmou Joana Paula Carneiro, uma das amigas de Poliana que lançaram a campanha.
Campanha
Apesar de o objetivo de encontrar um doador ter sido alcançado, a campanha será mantida. “Eu e as meninas decidimos que a Poliana foi só a primeira. Com essa notícia a nossa força para continuar está maior do que nunca”, disse Joana. “Se a campanha não tivesse tomado essa proporção que tomou a gente não a teria colocado no banco internacional de medula óssea. O Paraná todo ficou conhecendo a Poliana e tudo aconteceu pela campanha e por toda a movimentação que gerou.”
Fonte: G1