Ambulâncias de hospital estão quebradas, em Guajará-Mirim (Foto: Júnior Freitas/ G1)
A idosa que estava internada em coma no Hospital Regional de Guajará-Mirim (RO), por causa de um AVC, morreu nesta quarta-feira (30). Para familiares, a culpa do óbito é do poder público, pois como as duas únicas ambulâncias da cidade estão quebradas, a paciente não foi transferida rapidamente até Porto Velho para fazer uma cirurgia. Segundo o genro de Maria Lúcia, a mulher teve o AVC no sábado (28) e ficou até terça (29) esperando por um avião. "Poderia estar viva, mas o voo demorou muito tempo", diz Paulo de Lima.
Segundo a direção do Hospital Regional, a paciente foi transferida por uma aeronave com Unidade de Terapia Intensiva (UTI), na tarde de terça-feira (29), para o Hospital João Paulo II, na capital. O município tem duas ambulâncias, mas ambas estão quebradas, sendo uma com problema no motor e a outra no rolamento. A previsão é que um dos veículos fiquem prontos na quinta-feira (31) e esteja à disposição da unidade hospitalar.
Em entrevista ao G1 nesta quarta, o genro da paciente, Paulo de Lima, explicou que Maria Lúcia seria submetida a uma cirurgia nesta quarta, em Porto Velho, mas devido ao quadro clínico de saúde, acabou não resistindo. Ele acredita que se a idosa tivesse sido transferida ainda no sábado, poderia ter sobrevivido, mesmo ficando com sequelas por causa do AVC.
"Ela poderia estar viva. Os médicos que a atenderam foram omissos diante do quadro clínico dela. Os médicos têm experiência para saber se o estado de saúde é grave ou não, portanto houve sim negligência de quem a atendeu. Fizemos o exame de tomografia numa clínica particular e disseram que ia ficar pronto em 1° de Abril, mas agora não precisa mais, ela já faleceu", desabafou.
Procurada, a secretária municipal de saúde, Sâmia Melgar, disse que existe a previsão do município receber uma nova ambulância no próximo mês. "Temos uma demanda grande em relação ao transporte de pacientes, devido o município não ter nenhum especialista. Periodicamente nós fazemos em média três ou quatro viagens diárias eas ambulâncias quebram pelo grande desgaste que há", declarou.
Fonte: G1