O ex-governador de São Paulo, Cláudio Lembo, morreu aos 90 anos na capital paulista na madrugada de ontem. A causa da morte não foi divulgada pela família.
O velório será realizado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), das 10h30 às 15h de hoje. O enterro ocorrerá em seguida, às 16h, no Cemitério do Araçá. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), lamentou a morte em nota oficial e decretou luto no Estado de três dias.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também manifestou pesar pela morte de Lembo e elogiou sua atuação política. “Meu amigo desde os anos 1970, Lembo foi símbolo de Política escrita assim, com P maiúsculo.
Representante do campo conservador, sempre tivemos diferenças e, ao mesmo tempo, uma capacidade de diálogo franco, aberto e generoso”, escreveu o petista em sua rede social.
Natural da cidade de São Paulo, Lembo formou-se em Direito pela Universidade de São Paulo (USP) e concluiu o doutorado na área pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, instituição em que foi professor, diretor (1974-75) e reitor (1997-02).
Sua primeira experiência política foi em 1975, quando assumiu uma secretaria do então prefeito de São Paulo Olavo Setúbal. Setúbal era presidente do banco Itaú e Lembo, diretor da instituição.
Em 1978, candidatou-se ao Senado pela Arena, partido de sustentação à ditadura militar. Perdeu a disputa para Franco Montoro, do MDB. Dois anos depois, viria a romper com o regime e aderiu ao MDB. Em 1985, foi um dos fundadores do Partido da Frente Liberal (PFL), sigla em que esteve filiado até 2011.
Lembo também foi secretário municipal de São Paulo durante o segundo mandato de Jânio Quadros (1985-88).
Na eleição de 1989, candidatou-se a vice-presidente na chapa de Aureliano Chaves (PFL). No segundo turno, declarou apoio a Fernando Collor (PRN), que venceu a disputa contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em 2002, elegeu-se vice-governador de São Paulo na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB). Em março de 2006, quando o tucano renunciou ao cargo para disputar a Presidência nas eleições de outubro, Lembo assumiu o governo do Estado.