O juiz federal Sérgio Moro decidiu negar um pedido feito pela defesa do ex-deputado federal Eduardo Cunha para que ele seja transferido em definitivo para um presídio em Brasília. No despacho, o magistrado paranaense disse que não via motivos para que o político fosse encaminhado para outra unidade prisional.
O pedido foi encaminhado à Moro pelo juiz federal Vallisney de Souza Oliveira. Já condenado na Lava Jato, o peemedebista ainda responde a um processo no Distrito Federal, referente à Operação Sépsis. Oliveira também requisitou a Moro que liberasse o político para prestar depoimento em uma dessas ações, no dia 22 de setembro.
"Observo que, caso necessária a presença do condenado em outras audiências na referida ação penal, a transferência poderia ser realizada por período mais de longo de tempo, bastando o encaminhamento de solicitação com a determinação do período", escreveu Moro no despacho.
No entanto, Moro diz que a transferência em definitivo não se justifica, já que nem a família dele reside no Distrito Federal. "Não cabe, porém, a transferência definitiva para o sistema prisional do Distrito Federal, pois inexiste causa para tanto, observando que a família do condenado sequer reside naquela localidade", afirmou.
Cunha está preso no Complexo-Médico Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. O político foi detido em outubro de 2016, por decisão de Sérgio Moro. O juiz determinou a prisão preventiva dele logo após receber o processo que tramitava junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), assim que o peemedebista perdeu o mandato e o direito ao foro privilegiado.
Em março deste ano, Moro condenou Cunha a 15 anos e quatro meses de prisão, pelos crimes de corrupção passiva, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.