Política

Moro marca interrogatório de Sérgio Cabral e Adriana Ancelmo

Foto: reprodução

Por G1

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas ações da Operação Lava Jato na primeira instância, marcou o interrogatório do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, e da mulher dele, Adriana Ancelmo, para 27 de abril, no processo em que os dois são réus por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Os outros três réus na ação, Wilson Carlos, secretário do governo do Rio de Janeiro durante a gestão de Cabral, Mônica Carvalho, esposa de Wilson Carlos, e Carlos Emanuel Miranda, sócio do ex-governador, também serão ouvidos no mesmo dia, em audiência marcada para as 14h.

O despacho de Moro, de sexta-feira (31), informa que já foram ouvidas as testemunhas de acusação e que as audiências das testemunhas de defesa já foram marcadas, sendo a última agendada para 18 de abril.

O juiz determina que os acusados sejam intimados, e pede que a Polícia Federal (PF) apresente os réus presos ou em prisão domiciliar à Justiça Federal de Curitiba, na data determinada. Apenas Mônica Carvalho responde ao processo em liberdade.

“Adianto que pela relevância do ato, que propicia a autodefesa do acusado, e a relativa complexidade do feito, inviável realizá-lo por videoconferência”, diz o magistrado no documento.

Moro ainda pede para que o juiz federal Marcelo da Costa Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, responsável pelas ações da Lava Jato no estado, seja informado da audiência para que evitar “coincidência de pauta”.

Pedido de absolvição sumária
Na mesma decisão, Moro indeferiu o pedido de absolvição sumária feito pela defesa de Mônica Carvalho, baseado no estado de saúde da ré, que está em liberdade.

“No caso a denúncia imputa a testemunha responsabilidade por ato de lavagem de dinheiro determinados e não tem este Juízo, antes da conclusão da instrução, inclusive com a oitiva dela, realizar um juízo de mérito”, afirma o magistrado.

Trâmite
Após os interrogatórios dos réus, as defesas e a acusação podem solicitar diligências complementares, que serão analisadas pelo juiz Sergio Moro. Na sequência, o magistrado determina os prazos para apresentação das alegações finais, última fase do processo antes da sentença.

Cabral réu
Cabral virou réu na Justiça Federal do Paraná em 16 de dezembro de 2016. Ele está preso desde 17 de novembro do ano passado.

Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), o grupo teve envolvimento no pagamento de vantagens indevidas a partir do contrato da Petrobras com o Consórcio Terraplanagem Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), formado pelas empresas Andrade Gutierrez, Odebrecht e Queiroz Galvão.

Sérgio Cabral, Wilson Carlos e Carlos Miranda, com a intermediação do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, delator condenado pela Lava Jato, pediram e aceitaram promessa de vantagem indevida da Andrade Gutierrez, dizem os investigadores

A força-tarefa acredita que o pedido tenha sido feito entre março e agosto de 2008.

 

Redação

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