Os problemas com o abastecimento de água, tratamento de esgoto e, principalmente, cobranças abusivas da CAB Cuiabá, continuam sendo as principais reclamações dos consumidores cuiabanos ao Procon de Mato Grosso. Apenas no mês de novembro foram registrados 362 reclamações no órgão de proteção.
Moradores do bairro Boa Esperança voltaram a reclamar da forma de cobrança realizada pela concessionária de água e esgoto, considerada por eles como abusiva.
Ana Amélia se surpreendeu com a sua conta d’água referente ao mês de dezembro. Diferente do normal, sua fatura chegou ao valor de R$ 371,83. Enquanto a fatura de novembro veio apenas à média.
“A CAB não realizou a leitura do hidrômetro e enviou uma fatura com a média do meu consumo, mas no outro mês o funcionário veio aqui e fez a leitura de todo o período não lido. Ou seja, me cobraram o valor do mês em que já realizei o pagamento. Este valor é um absurdo”, externou a consumidora.
Além do mais, Ana reclama do atendimento dado pelos funcionários da concessionária. Conforme o relato ao Circuito Mato Grosso, este não é a primeira vez que o mesmo problema é enfrentado. Na primeira situação a CAB chegou a alegar um vazamento, para justificar uma fatura de R$ 900.
“Eu me sinto ultrajada e indignada com essa falta de respeito. Eles agem com má fé com os consumidores”, desabafou a consumidora.
Outro lado
Procurada pelo Circuito Mato Grosso, a assessoria da CAB Cuiabá informou que a leitura do hidrômetro não foi realizada no mês de novembro pelo fato da residência estar com portão fechado, situação que, segundo a concessionária, já ocorreu em outra ocasião. Dessa forma, a fatura emitida anteriormente é calculada fazendo uma média do consumo dos 6 meses anteriores.
“Quanto à leitura realizada hoje (15/12), em que o consumo foi medido, na fatura emitida é cobrado além do consumo atual a diferença do mês anterior quando não houve a leitura. Não há cobrança em duplicidade, o que é cobrado no mês é apenas a diferença que restou do período em que não foi feita a leitura”, se defendeu a CAB.
Quanto a cobrança pela média, a assessoria da concessionária afirmou ser uma medida legal e que o bairro Boa Esperança tem vários casos em que a leitura não é feita, por conta da ausência de pessoas no imóvel no momento em que o funcionário da concessionaria passa pelo bairro.
Por isso esta programado a padronização dos hidrômetros no bairro, para regularizar o abastecimento e tornar o acesso ao hidrômetro mais fácil na hora de proceder a leitura.