Na manhã desta quarta-feira (12), moradores do bairro São Mateus, em Várzea Grande, interditaram a Avenida Senador Filinto Müller com barricadas de pneus em chamas, exigindo solução para a falta de abastecimento de água na região. A crise no fornecimento, um problema recorrente na cidade industrial, tem se agravado nas últimas semanas, afetando milhares de famílias.
Equipes da Guarda Municipal de Várzea Grande (GMVG) foram deslocadas ao local para acompanhar a manifestação e negociar a liberação da via. Diante da mobilização, representantes do Departamento de Água e Esgoto (DAE) compareceram ao protesto para dialogar com a população e esclarecer sobre as medidas em andamento.
Em nota oficial, a Prefeitura de Várzea Grande afirmou que todas as Estações de Tratamento de Água (ETAs) estão operando, mas reconheceu que a ETA II, localizada no bairro Júlio Campos, está funcionando com apenas 50% da capacidade.
O problema teria sido causado pelo furto de cabos de energia e um defeito técnico em uma das bombas de captação. Segundo a administração municipal, equipes do DAE trabalham para recuperar o equipamento e reativar bombas reservas, garantindo a normalização do serviço.
Os moradores, no entanto, cobram ações mais eficazes e rápidas, já que a falta d’água tem prejudicado não apenas o consumo doméstico, mas também o funcionamento do comércio local.
O DAE informou que o abastecimento será retomado gradualmente e prometeu que a situação começará a se normalizar a partir desta quinta-feira (13). Enquanto isso, a revolta popular cresce, evidenciando a fragilidade da infraestrutura hídrica de Várzea Grande e a ineficiência das gestões em resolver um problema crônico da cidade.