O autódromo de Brasília tem milhares de pneus amontoados, acumulando água parada e aumentando o risco de focos do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, da febre chikungunya e do zyka vírus. Os equipamentos serviam para a proteção de pilotos, quando a pista estava em funcionamento. O local passa por reformas.
O espaço é administrado pelo governo do Distrito Federal. Neste sábado (9), o governador Rodrigo Rollemberg afirmou que o material está sendo retirado desde dezembro e que o Corpo de Bombeiros usou veneno para não haver risco de dengue.
“Nós já iniciamos a retirada de pneus. Eram uma quantidade muito grande de pneus. Essa retirada foi interrompida no período de Natal e Ano Novo. Vai ser retomada na segunda-feira. Mas neste período o Corpo de Bombeiros colocou o larvicida, portanto não há ali o perigo de reprodução do mosquito da dengue”, afirmou.
Com o período de chuvas, os pneus têm acumulado água. O autódromo se localiza no início da Asa Norte, atrás do Estádio Mané Garrincha e próximo de lugares de grande circulação de pessoas, como o Setor Hoteleiro Norte, a Torre de TV e o Palácio do Buriti, sede do GDF.
A maior parte dos pneus está no meio do autódromo, mas é possível ver montanhas do material em áreas próximas ao muro.
Segundo o governo, a remoção está a cargo de diversos órgãos como o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), o Corpo de Bombeiros e a Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe).
Detentos em regime semiaberto participam da retirada. Os pneus eram presos uns aos outros, por pregos, para criar um cordão de proteção aos pilotos.
As pilhas de pneus foram descobertas pela reportagem da TV Globo nesta sexta (8), no mesmo dia em que o GDF reconheceu o primeiro caso de zika vírus contraído na capital federal. Segundo a Secretaria de Saúde, a paciente é uma gestante do Plano Piloto, mesma região onde está o autódromo.
No mesmo dia, o subsecretário de Vigilância à Saúde do DF, Tiago Coelho, aformou que vai haver reforço no combate ao mosquito Aedes aegypti na região onde a paciente foi infectada e que a área vai passar por dedetização e buscas por focos de mosquito.
O DF tem 500 agentes de vigilância ambiental, responsáveis pela ação de enfrentamento ao mosquito. O subsecretário afirmou que o GDF deve receber 27 carros e 30 máquinas para soltar o “fumacê”, tipo de repelente, nas ruas. “Estamos com processo empenhado e em breve teremos esse material à disposição.”
Fonte: G1