O dólar operou em alta hoje ante a maioria das moedas, em mais uma sessão na qual o ativo é impulsionado pelas perspectivas para a economia americana e o mandato do presidente eleito Donald Trump. Neste contexto, analistas projetam continuidade na força do dólar ainda neste ano, depois de a moeda ter atingido seu maior nível desde julho. O movimento ocorreu em dia com liquidez limitada por feriado nos Estados Unidos.
O índice DXY, que mede a força do dólar contra pares fortes, teve alta de 0,52% aos 105,543 pontos. Perto do fechamento de Nova York, o dólar se valorizava a 153,70 ienes; a libra caía a US$ 1,2865, o euro recuava a US$ 1,0656; e o dólar subia a 20,3651 pesos mexicanos.
O dólar deverá permanecer firme mesmo que a sua valorização atinja o pico no quarto trimestre, antes da tomada de posse de Trump como presidente dos EUA, em janeiro, avalia o Société Générale. A moeda deve permanecer altamente valorizada enquanto a economia dos EUA continuar com um desempenho superior, as taxas de juros do país forem mais altas do que em outros lugares e a confiança do mundo na moeda permanecer intacta, dizem os estrategistas do banco. “Só quando a política dos EUA se voltar para uma combinação de política fiscal acomodatícia e política monetária mais acomodatícia é que o dólar deverá cair significativamente, mas será a partir de um nível excepcionalmente elevado em termos históricos”, afirmam.
Levando em conta o cenário com a eleição de Trump, o fundo Verde, da gestora que tem como sócio-fundador Luis Stuhlberger, aumentou sua aposta na queda do yuan. “Como ficou claro no primeiro mandato dele, devemos levar Trump a sério quando ele fala das coisas que deseja implementar: mais tarifas comerciais, especialmente contra China”, apontou o grupo.
Já na Europa, para o ING, o Banco Central Europeu (BCE) precisará dar suporte à economia da zona do euro com mais cortes nas taxas de juros, o que é esperado para a reunião de dezembro. A situação política e econômica na Alemanha, observa a instituição, também se torna uma preocupação, já que, apesar do fraco crescimento, uma “reviravolta” na posição fiscal do país é considerada como improvável antes das eleições federais.
*Com informações Dow Jones Newswires.