A ausência de limites no processo educacional, obrigando os nossos jovens a pularem várias etapas da sequência lógica do seu desenvolvimento biopsicossocial e de aprendizagem, faz da atual geração uma presa fácil da infelicidade.
A nossa juventude perdeu a criatividade para resolver os problemas do seu tempo e a curiosidade em entender o cotidiano da vida como ela é.
Estão totalmente condicionados ao previsível, incapazes de viabilizar qualquer possibilidade de alternativas.
A futilidade tomou conta da geração das máquinas.
É triste encontrarmos crianças com sinais de senilidade, vazias de encantos para prosseguirem na caminhada de novas descobertas.
Falta-lhes emoção para procuras, pois os pais, na ânsia de “bem educá-las”, colocam-se na posição de malignos protetores, negando ao jovem toda e qualquer possibilidade de descobrir o seu eu.
Essa massa amorfa de jovens, onde os mais privilegiados vão rolando pelas escolas formais – grandes formadoras de inutilidades sociais – é o substrato da sociedade consumista e egoísta, com pouco ou nenhum sinal de solidariedade humana.
Hoje o esforço dos pais é muito maior no investimento de recursos materiais na educação dos seus filhos, na tentativa de formar um filho competitivo para o mercado de trabalho, do que na formação de um cidadão.
Infelizmente, só o investimento material na formação de um filho propicia um retorno social, quase que desprezível na maioria dos casos.
Essa é a modernidade que me preocupa na educação das nossas crianças.
Gabriel Novis Neves