Ao Circuito Mato Grosso, uma funcionária do Modelo da Ponte Nova, fechado no inicio do mês de julho, contou que foi demitida sem a garantia do recebimento dos seus direitos trabalhistas, além de 2 meses de salário atrasado.
“Assinei minha rescisão e o funcionário informou que não poderia garantir o pagamento do meu acerto, nem do meu FGTS, que tudo só será resolvido judicialmente. Muitos trabalharam 20 anos e agora saíram sem nada, não consigo nem dar entrada no meu Seguro Desemprego”, afirmou a denunciante.
A ex-funcionária ainda informou que, outros colegas receberam os salários atrasados com vale-compras da própria loja. “Muitos pegaram mercadorias das lojas que trabalhavam, para não ficar no total prejuízo”.
Procurada pela reportagem, a assessoria de marketing do grupo esclareceu que o Modelo prioriza o cumprimento dos compromissos com seus funcionários. A equipe jurídica, que cuida do processo de recuperação judicial, tenta agendar nos próximos dias, uma nova assembleia com os credores para tratar da liquidação de bens de forma organizada para quitação de dívidas.
História – O Grupo de mercados iniciou suas atividades na década de 80, chegando a ter o total de 23 lojas em pleno funcionamento, não só na região metropolitana (Cuiabá e Várzea Grande), mas também nos munícipios mato-grossenses de Rondonópolis, Primavera do Leste e Tangará da Serra.
A virada do jogo e o início da decadência começaram a ser notada em meados de 2012, quando muitos consumidores reclamavam da falta de mercadorias nas gondolas das lojas da rede, além da falta de muitas marcas comuns em outros estabelecimentos comerciais.
Em 2013, o grupo começou a fechar algumas unidades, como o Hipermodelo (Av. Miguel Sutil), as lojas dos Shoppings Pantanal (Cuiabá) e Rondon Plaza (Rondonópolis). Com uma dívida total próxima a R$ 184 mil, o Grupo Modelo acabou declarando falência.