No Brasil, existem cerca de 3 milhões e meio de doações ao ano e há ainda uma rede de hemocentros que os doadores podem procurar.
Como o sangue não é fabricado, os hospitais dependem muito de doações para ajudar principalmente quem tem leucemia, anemia hereditária ou outras doenças do sangue, quem fez cirurgias grandes ou quem teve algum traumatismo.
Apesar de o doador universal ser o sangue tipo O negativo, todos os tipos sanguíneos são necessários nos hemocentros, como alertou o especialista. De maneira geral, a regra para ser um doador é que a pessoa esteja em bom estado de saúde e que a doação não faça mal a ela.
Mas existem ainda algumas recomendações: é preciso ter mais de 50 kg, ter entre 18 e 68 anos (os pais devem autorizar a doação de menores de idade) e não estar em tratamento com antibióticos.
Em caso de tatuagens, é preciso esperar pelo menos 6 meses antes de doar para ter certeza de que não houve contaminação.
A doação é proibida apenas para quem tem alguma doença inflamatória crônica ou teve hepatites B ou C quem teve hepatite A pode doar porque não há sequelas. Grávidas ou mulheres no pós-parto também não podem doar, como lembraram os médicos.
Ao optar pela doação, o paciente não precisa fazer nenhum agendamento basta chegar e doar. Não é preciso também estar em jejum e a recomendação é que o doador faça um lanche leve. Vale lembrar ainda que doar não transmite doenças.
O especialista explica que homens podem doar até 4 vezes ao ano em intervalos de 2 meses e mulheres até 3 vezes, em intervalos de 4 meses.
Em um procedimento que dura de 40 a 60 minutos, o doador doa cerca de meio litro de sangue e consegue ajudar de 2 a 3 pessoas.
O sangue doado possui duas partes – a parte celular, utilizada imediatamente em procedimentos médicos; o líquido, que é o plasma, utilizado no tratamento da hemofilia.
Hemofilia
A hemofilia acontece quando há falta ou baixo nível de um dos fatores de coagulação por isso, o sangue tem dificuldade em formar coágulo, aumentando a duração de hemorragias.
No caso do jovem Fábio, a hemofilia foi um obstáculo durante a infância já que, por causa dela, ele não podia brincar de nada. A doença dele é a tipo A grave, em que falta um tipo de proteína no sangue para ajudar na coagulação. Por causa disso, qualquer esbarrão que o Fábio sofrer pode evoluir para uma hemorragia grave.
A maneira tradicional de tratar a hemofilia é aplicar a proteína que falta no sangue sempre que houver sangramento. Mas isso não afasta o risco de sequelas nas articulações e o Fábio começou a ter problemas sérios por causa dos sangramentos repetidos no tornozelo. Por isso, ele teve que começar a tomar a proteína diariamente, em um tratamento que os médicos chamam de profilaxia ou seja, o medicamento é usado para prevenir o surgimento de sintomas.
G1/BEM ESTAR