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Miss Mato Grosso denuncia perseguição e abuso sexual em Rondonópolis

Por meio de uma publicação na rede social Instagram, a modelo Ingrid Santin revelou ter sido perseguida e abusada sexualmente por um homem, na cidade de Rondonópolis (210 km de Cuiabá-MT). A campeã do concurso Miss Mato Grosso 2019 disse que foi perseguida e molestada pelo suspeito, que estava em uma motocicleta. O caso ocorreu na tarde do último domingo (26).

Segundo a vítima, ela estava a caminho da casa da irmã, também em um moto, no momento do crime. No entanto, em um determinado ponto do trajeto, Ingrid percebeu que estava sendo acompanhada pelo agressor. A modelo contou que tentou ultrapassar uma caminhonete, mas não conseguiu efetuar a manobra. Logo em seguida, a mulher foi molestada.

“O indivíduo se aproximou e conseguiu ficar ao meu lado. Nesse momento ele colocou a mão entre as minhas pernas, nas minhas partes íntimas e apalpou", revelou Ingrid, emocionada. "A minha única reação foi puxar a moto para o lado e quase cai", completa.

Após a ação, a Miss Mato Grosso relatou que tentou gritar e buzinar para chamar a atenção de populares, mas que não havia ninguém no local. Abalada, ela seguiu até a residência da irmã antes de ir prestar queixa do caso na Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (DEDM), nesta segunda-feira (27).

Porém, não foi possível registrar a denúncia porque a vítima não tinha a placa da moto do acusado.

“Me senti extremamente humilhada. Hoje, eu percebi porque tantas mulheres talvez não denunciam, ou quando denunciam, acontece algo depois. Infelizmente eu percebi um sistema que não é efetivo”, criticou.  

Uma câmera de segurança registrou parte do relato da jovem. As imagens podem ajudar os investigadores da Polícia Civil no trabalho de identificação do suspeito.

O outro lado

Procurada pela reportagem do Circuito Mato Grosso, a assessoria de imprensa da Polícia Civil destacou que o boletim de ocorrência foi registrado e que irá apurar se houve tipo de falta disciplinar por parte do servidor quanto ao atendimento prestado à vítima.

“De fato, foi perguntado à vítima se ela  havia conseguido anotar a placa da motocicleta, pois é necessário reunir informações para que seja possível identificar o agressor. Contudo, o fato da vítima não conseguir dar tal informação não é empecilho para o registro da ocorrência, como de fato foi feito”, diz parte do comunicado.

 

Confira a nota na íntegra

A vítima procurou, na manhã desta segunda-feira (27.04), a Delegacia Especializada da Mulher em Rondonópolis (DEDM) para relatar a ocorrência, foi atendida e teve o boletim registrado.

Durante o procedimento de registro de ocorrências, os policiais coletam o maior número possível de informações para dar prosseguimento às investigações. De fato, foi perguntado à vítima se ela havia conseguido anotar a placa da motocicleta, pois é necessário reunir informações para que seja possível identificar o agressor. Contudo, o fato da vítima não conseguir dar tal informação não é empecilho para o registro da ocorrência, como de fato foi feito.

A delegada responsável pelo caso já determinou a realização de diligências a fim de identificar o suspeito.

A Polícia Civil ressalta que todas as Delegacias da Mulher têm equipes aptas a fazer o registro e acolhimento das vítimas que procuram as unidades.

Também será apurado administrativamente se houve algum tipo de falta disciplinar por parte do servidor quanto ao atendimento prestado à vítima.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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