Ministros criaram uma espécie de rotina em um colegiado para acompanhar “mais de perto” os números dos balanços das empresas estatais, para evitar situação como a dos Correios, informou o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan. “A ideia é que a gente se antecipe na avaliação para identificar se tem problemas nas outras estatais”, explicou.
Segundo ele, sempre houve um monitoramento, mas o caso dos Correios “nos alerta para um monitoramento mais contínuo”. Esse monitoramento tem sido feito no âmbito da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR).
Sobre o uso de dividendos da Emgea, Durigan disse: “Não há nenhum receio em relação à Emgea, que deve seguir com bom caixa”. Mais cedo, ele disse que o governo gostaria de usar, “para fins de fiscal deste ano”, os dividendos da empresa. De acordo com o secretário, a companhia tem mais de R$ 2 bilhões em caixa e R$ 2,6 bilhões em uma conta de reserva de lucros.
“Eu sempre disse, não é de agora, eu sempre disse que os resultados das empresas estatais devem e serão utilizados por nós dentro de um planejamento. Não como foi feito em 2022, uma correria para fazer ali uma expropriação de alguma empresa pública. Mas nós vamos, sim, usar dentro de um planejamento os dividendos para fazer fiscal. É importante que assim seja. Dentro de um planejamento”, justificou.



