O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, iniciará nesta segunda-feira (17/07) em Washington, nos Estados Unidos, uma rodada de consultas com o objetivo de reverter o embargo que o governo americano impôs sobre a carne bovina fresca do Brasil.
A suspensão dessas importações foi anunciada em 22 de maio pelo Departamento de Agricultura dos EUA, que detectou alguns lotes de carne fresca do Brasil que não cumpriam com os requisitos sanitários exigidos pelo governo americano.
A medida foi consequência de um reforço na vigilância sobre a carne brasileira. O governo americano adotou a medida dois meses após Polícia Federal brasileira deflagrar a Operação Carne Fraca, que descobriu uma rede de fiscais sanitários e empresários dedicada a adulterar produtos vencidos, que ainda assim eram vendidos nos mercados interno e externo.
Esse escândalo levou uma série de países a suspender todas as suas importações de carne brasileira, mas a maioria deles reverteu a medida após receber explicações e garantias do governo sobre a eliminação dessas práticas corruptas.
As exportações de carne fresca ao mercado americano representaram investimentos na ordem de US$ 50 milhões para o Brasil entre janeiro e maio deste ano e, apesar de não ser o segmento mais importante das exportações, o embargo afeta a imagem do país como um fornecedor seguro desses produtos.
Segundo a informação divulgada hoje pelo Ministério da Agricultura, Maggi se reunirá amanhã com o secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Sonny Perdue, e na terça-feira comparecerá a uma reunião com diretores do Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos, na qual estarão presentes muitos dos grandes importadores de carne brasileira.