Foto: Mayke Toscano/Gcom-MT
O evento de abertura oficial do hospital municipal São Benedito, em Cuiabá, foi marcado pelo protesto de servidores públicos do município e federais, a presença do ministro da Saúde, Arthur Chioro e a ausência da presidente Dilma Rousseff (PT), que chegou a ser anunciada como presença ilustre na capital.
Questionado se a ausência de Dilma estava ligada a crise política e econômica vivenciada no país neste período e a baixa popularidade da presidente, Chioro fez questão de afirmar que o Governo é democrático e os protestos fazem parte deste processo.
“Na democracia nós somos sempre impulsionados a lidar com aqueles que pensam como a gente e respeitosamente com aqueles que pensam diferente. A presidente Dilma jamais deixaria de cumprir uma agenda porque teria que encontrar pessoas que estão protestando ou que pensam diferente. Nós temos uma democracia muito mais madura. Agora, eu sou ministro da Saúde e estou aqui representando a presidente Dilma”, garantiu o representante da União.
Momentos antes do discurso das autoridades, como o prefeito Mauro Mendes (PSB) e o governador Pedro Taques (PDT), cerca de 100 manifestantes ocuparam a frente do hospital no bairro Quilombo. Entre eles estavam representantes da sociedade civil organizada e servidores do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social), IFMT (Instituto Federal de Mato Grosso) e saúde pública.
Em greve desde 7 de julho, os servidores das 34 agências do INSS no estado cobram melhores condições de trabalho, reajuste salarial de 27,9%, incorporação das gratificações ao salário e a realização de concurso público.
Os médicos da saúde municipal de Cuiabá, que ficaram 17 dias em greve no mês passado, também estiveram na inauguração da unidade hospitalar e distribuíram panfletos com suas reivindicações e acusações contra a gestão de Mauro Mendes. Entre os apontamentos está o fechamento de policlínicas como a do CPA e do Planalto.
