São exatos 13 dias que o grupo aliado da presidente Dilma Rousseff (PT) terá para mudar o quadro do 1º turno e fazer com que a reeleição da petista seja garantida, com sua vitória também em Mato Grosso. Liderados pelo senador eleito Wellington Fagundes (PR) e o Ministro da Agricultura, Neri Geller (PMDB), os pró-Dilma lançaram oficialmente, na noite desta segunda-feira (13), a campanha da presidente no estado. No Hotel Fazenda Mato Grosso, em Cuiabá, o grupo recebeu 32 prefeitos do estado, lideranças e a Ministra de Direitos Humanos, Ideli Salvatti.
O principal desafio, segundo os próprios coordenadores da campanha de Dilma, será reverter o paradigma negativo enfrentado pelo PT no estado, onde nunca saíram vencedores de uma eleição. Além disso, apontam a falta de informação da população sobre os planos do governo petista. Neste ano, a petista conquistou 39,53% dos votos, contra 44,47% de Aécio Neves (PSDB).
Seguindo o direcionamento nacional, o grupo que reúne as siglas: PT, PR, PMDB, PROS e PC do B, partem para a comparação dos governos entre tucanos e petistas.
Wellington Fagundes destacou a derrota da presidente entre o setor motor do estado, o agronegócio. Segundo ele, este segundo turno será de muito debate e tentativa de convencimento.
“Mostrando principalmente a comparação, o que foi o governo passado, com o que foram os governos de Lula e Dilma. Os avanços sociais, o volume de casas entregues e todos os avanços. Mostrar que o país avançou e que poderá melhorar muito”, afirmou o republicano.
O Ministro Neri Geller, que se encampou na campanha neste segundo turno, principalmente para buscar a reversão da derrota da petista no setor do agronegócio, defende que nos últimos quatro anos importantes avanços foram conquistados. Mas mesmo com as ações positivas, os produtores agropecuários não apoiaram a petista. Geller afirma que agora é o momento de debater, fazendo um enfrentamento em todo o estado.
“Nós conseguimos trazer nos últimos três anos, R$ 2 bilhões em comercialização, para dar sustentação para dar sustentação ao preço mínimo, no milho, por exemplo. Temos muita coisa para mostrar. É puxar a responsabilidade para os nosso lideres, e fazer o reconhecimento. Não podemos retroagir”, enalteceu Geller.
A Ministra Ideli Salvatti não poupou criticas aos tucanos, e evocou o reconhecimento da população para as ações do governo federal, como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida, que só em Mato Grosso distribuiu habitação para mais de 400 mil pessoas.
Voltada para o estado, Salvatti defendeu as medidas tomadas pelo governo do PT, para melhorar o escoamento da produção mato-grossense, e os recursos destinados para as obras de mobilidade urbana na região metropolitana de Cuiabá.
“Toda a condição de escoamento da produção, que vem sendo executado. A mobilidade urbana, que nunca teve investimento do governo federal. Quando que Mato Grosso recebeu investimento para melhor a mobilidade de sua região metropolitana? É essa discussão que nós vamos conversar”, afirmou Salvatti.
Acusando a falta de tempo e espaço na agenda da candidata, que acumula as responsabilidades da presidência e da campanha de reeleição, o grupo já descartou a vinda de Dilma à Mato Grosso. A saída apontada será a presença do seu vice, Michel Temer (PMDB),ainda não confirmada.