Os bombeiros Daniel Alves de Moura e Silva e Kayk Gomes dos Santos foram acusados pelo Ministério Público Estadual de Mato Grosso pelo homicídio duplamente qualificado do aluno soldado Lucas Veloso Peres. O MP também pediu uma indenização de R$ 1 milhão à família da vítima.
Segundo a 13ª Promotoria de Justiça Criminal de Cuiabá de Crimes Militares, a vítima morreu por asfixia causada por afogamento durante um treinamento aquático na Lagoa Trevisan, em Cuiabá.
Na denúncia, o promotor de Justiça Paulo Henrique Amaral Motta pediu uma reparação de R$ 700 mil a ser paga pelo capitão Daniel e R$ 350 mil pelo soldado Kayk.
O capitão Daniel comandava a atividade e determinou que os alunos nadassem pelo lago após uma corrida. Lucas Veloso Peres, com dificuldades para flutuar, foi obrigado a soltar o flutuador pelo capitão, que ameaçou o aluno.
Quando Lucas tentou usar o flutuador novamente, o soldado Kayk o retirou à força e aplicou vários “caldos”. Lucas clamou por socorro, mas o capitão ordenou que continuasse nadando. Lucas submergiu e, ao ser resgatado, já estava inconsciente e sem pulso, morrendo no local.