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Ministério Público do Trabalho ajuíza ação por morte em Belo Monte

O trabalhador, que era funcionário da Dandolini e Peper, morreu quando fazia a derrubada de uma árvore. De acordo com o Ministério Público do Trabalho, o operário foi treinado para exercer a função de servente e posteriormente designado para operar motosserra sem receber treinamento.

Relatório do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) constatou que o acidente poderia ter sido evitado se antes tivesse sido feito o corte de cipós, o que não ocorreu.

O Ministério Público do Trabalho afirma que o MTE concluiu que o consórcio adotou medidas visando prioritariamente a produção e o avanço do cronograma da obra, em detrimento de medidas preventivas de segurança dos trabalhadores. A ação diz que o CCBM não acompanhava as condições de segurança dos operários das empresas subcontratadas.

Na ação, a Procuradoria do Trabalho pede que o grupo seja condenado ao pagamento de R$ 12 milhões de dano moral coletivo e que a Dandolini e Peper pague R$ 1,5 milhão. Além disso, solicita medidas para minimizar os riscos dos trabalhadores

Procurado, o consórcio disse que a empresa subcontratada é especializada em supressão de vegetação e que, apesar de o operário morto no acidente não trabalhar para o CCBM, prestou assistência à família.

O consórcio afirmou ainda que o trabalhador usava equipamento de proteção e que ainda não foi notificado sobre a ação. A Folha não conseguiu obter contato com a Dandolini e Peper.

A hidrelétrica de Belo Monte, em construção na região de Altamira (900 km de Belém), deverá ser a terceira maior do mundo, com capacidade de 11,2 mil megawatts. As obras começaram em 2011, e a conclusão está prevista para 2019.

Fonte: FOLHA.COM

Redação

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