Nacional

Ministério Público deflagra operações de combate à corrupção pelo Brasil

 
A "Operação Nacional Contra a Corrupção" cumpre 92 mandados de prisão, 337 mandados de busca e apreensão, 65 mandados de bloqueio de bens e 20 mandados de afastamento das funções públicas.
 
Entre as irregularidades estão desvio de dinheiro em órgãos municipais e estaduais, pagamento de propinas, superfaturamento de produtos e serviços, utilização de empresas fantasmas, lavagem de dinheiro, compra de sentenças, sonegação fiscal e enriquecimento ilícito de agentes públicos.
 
As investigações são realizadas nos seguintes estados: Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Rondônia e São Paulo.
 
Veja informações sobre as operações nos Estados:
 
Espírito Santo, Rio de Janeiro e Minas Gerais – A operação "Robusta", que visa combater a sonegação fiscal na venda do café, é realizada simultaneamente nos três Estados. Um empresário envolvido na fraude foi preso em Copacabana, Zona Sul do Rio. São 20 empresas de fachada que livrariam comerciantes do ES de importo. Conforme o MP, o volume de notas fiscais emitidas pelas empresas envolvidas é da ordem de R$ 2 bilhões e o valor sonegado pode chegar a R$ 182 milhões, só nos últimos três anos. No ES, serão cumpridos 10 mandados de prisão temporária e 11 mandados de busca e apreensão.
 
Rio de Janeiro – Ação do MP com a inteligência da Polícia Militar cumpre seis mandados de prisão de integrantes do tráfico de drogas do morro da Mangueira, acusados de atuar na região e de oferecer propina a um PM lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), instalada na comunidade.
 
São Paulo
Batizada de "Fratelli", a ação investiga cerca crimes cometidos em 80 cidades do noroeste paulista. São cumpridos mais de 150 mandados de busca e apreensão, além de 13 mandados de prisão. Em São José do Rio Preto, os investigados são empresários e políticos. Os policiais irão entrar em empresas e prefeituras em busca de documentos que comprovariam as fraudes.
 
Mato Grosso e Mato Grosso do Sul – O Gaeco e a Polícia Rodoviária Federal cumprem mandados de prisão em operação que contra a ação de venda de Carteira Nacional de Habilitação (CNH) em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e São Paulo. Um suspeito de liderar a quadrilha foi detido em Anastácio, a 134 km de Campo Grande. Em MS, são cumpridos 7 mandados de prisão. As investigações começaram há seis meses e a fraude ultrapassaria R$ 500 mil.
 
Paraná – A polícia cumpre mais de 20 mandados de prisão sobre lavagem de dinheiro em Apucarana, Londrina e Cambé. A operação começou em Apucarana, onde empresários estariam pagando propinas a policiais para produzir artigos ilícitos. As buscas são realizadas em condomínios de alto padrão da região.
 
Rondônia – Em Porto Velho (RO), o ex-prefeito Roberto Sobrinho foi preso no início da manhã. Cinco mandados de prisão são cumpridos na capital após 25 servidores da prefeitura e da Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano (Emdur) serem investigados por desvios de dinheiro, por meio de uma organização criminosa instalada no órgão. O ex-prefeito não foi algemado e, ao deixar a casa, disse não saber os motivos da prisão. “Isso é uma injustiça”, afirmou Sobrinho.
 
Rio Grande do Norte – O Ministério Público deflagrou a operação "Máscara Negra" para combater supostas fraudes em licitações para contratações de bandas para eventos festivos. Os mandados são assinados pela comarca de Macau, cidade a 180 km de Natal. A Polícia Militar apóia o cumprimento dos mandados. Prefeituras de Macau e Guamaré, ambas na região da Costa Branca do Rio Grande do Norte, foram responsáveis por desvios de mais de R$ 13 milhões, segundo o MP.
 
Ceará – Polícia Federal, com apoio do MP, cumpre 31 mandados de busca e apreensão em investigação contra corrupção no município de Quixeramobim, a 206 km de Fortaleza. O prefeito, o vice-prefeito, dez secretários municipais, o procurador-geral do município e vários dirigentes de autarquias são suspeito de desviar R$ 6 milhões por meio de fraudes de licitação. Segundo o MP, 26 pessoas estão sendo investigadas.
 
Fonte: G1 São Paulo
 
Foto: Reprodução

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