Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram a sessão desta segunda-feira (18) com ligeiras perdas, próximos da estabilidade. Às 8h21 (horário de Brasília), as principais posições do cereal testavam quedas entre 0,50 e 0,75 pontos. O vencimento dezembro/17 era cotado a US$ 3,54 por bushel, enquanto o março/18 operava a US$ 3,66 por bushel.
O mercado voltou a testar o lado negativo da tabela após encerrar a última sexta-feira com ligeiras valorizações. De acordo com informações das agências internacionais, o mercado ainda absorve a última projeção do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que estimou a produção no país em 360,3 milhões de toneladas.
"O mercado também especula sobre o real potencial das plantas, num ano em que o clima deixou sua marca negativa, sobretudo em estados do norte da região de cultivo", reportou a Granoeste Corretora de Cereais.
Até a semana anterior, cerca de 5% da área semeada nesta temporada já havia sido colhida, conforme boletim de acompanhamento de safras do USDA. As informações serão atualizadas no final da tarde desta segunda-feira.
Paralelamente, os investidores também aguardam o boletim de embarques semanais, importante indicador de demanda.
Veja como fechou o mercado na última sexta-feira:
Milho fecha a 6ª (15) sem reação nos EUA, com alta acima da média na BM&F e mais forte no PR
Os contratos futuros do milho terminaram positivos no último dia (15/9) da semana, porém muito próximos da neutralidade, como assim se arrastaram todo o pregão, mal saindo do lugar. Os analistas da Bolsa de Chicago (CBOT) não conseguiram encontrar suportes firmes para o desempenho, talvez um pouco na demanda e no clima chuvoso e frio que poderia atrapalhar a colheita.
As variações ficaram nos intervalos de 0,5 a 1 ponto, com as cotações fixadas em US$ 3,54/dezembro, US$ 3,67/março, US$ 3,75/maio e US$ 3,82 o junho.
Jason Roose, analista de commodities de Chicago, lembrou que “o maior interesse dos usuários finais” (destilarias de etanol e importadores) deixaram o mercado apertado para os investidores, além do que há certa expectativa quanto à colheita neste final de semana e dos relatos sobre a produtividade, até agora sob suspeita, por parte dos produtores e consultores, sobre os dados mais positivos do USDA de terça-feira passada.
Nesta etapa da campanha de comercialização da commodity, o USDA divulgou as exportações de 41,2 milhões/bushels na semana passada, acima de suas previsões.
Por parte clima, há no horizonte possibilidades de que as tempestades se desloquem pelas planícies do Norte e estão dentro das previsões de um tempo mais úmido de acordo com os mapas meteorológicos do governo, reportados por todas as agências que cobrem os CME Group.
Bolsa de São Paulo
Os contratos de novembro e janeiro encontram força – acima da média, para os padrões modestos de negócios da BM&F Bovespa –, na entressafra brasileira, especialmente diante das notícias de que milho verão virá com área menor na safra 17/18.
Também o movimentos nos portos está sendo visto com fator de manter os contratos no Brasil em campo positivo.
Assim, o novembro subiu 3,52%, com a saca em R$ 28,60, o janeiro 3,53%, fechado em R$ 32,82. E o deste mês, em positivo 0,81%/R$ 28,60.
Milho disponível
No mercado físico, o milho balcão somente sofreu mexidas nas cotações da saca no Paraná, depois de alguns dias também em estabilidade. Demanda externa e já com o plantio de primeira safra no ponto, com previsão de queda de área, ajudaram nessa conta para cima em Londrina e Cascavel, as duas com mais 1,05%, a R$ 19,20.
No Mato Grosso o dia foi de tranqüilidade nas duas pontas. Praticamente sem negócios, a saca terminou zerada – nem subiu, nem desceu – de Tangara da Serra a Rondonópolis, de Primavera do Leste a Itiquira e Campo Novo do Parecis, entre R$ 14,50 e 16,20.
E em Sorriso, a saca fechou nos mesmos R$ 13,00 da quinta, dia em que houve alta de mais de 18%.