A informação consta num relatório anual da Comissão de Títulos e Câmbio dos EUA divulgado pelo International Business Times nesta sexta-feira, 22.
De acordo com a Microsoft, os impostos não foram pagos porque os lucros são provenientes de unidades não americanas da companhia. O dinheiro era recebido e reinvestido nessas empresas locais, sem interferência da filial norte-americana.
Mas peritos fiscais discordam, argumentando que os dados da Comissão revelam que na verdade a Microsoft tem usado paraísos fiscais para não ter de gastar com taxas governamentais americanas.
Em 2012, o Senado concluiu em investigação que a companhia usa filiais em outros países para reduzir suas contas fiscais. Por exemplo, enquanto boa parte das pesquisas de desenvolvimento é realizada nos EUA, os direitos de lucro pela propriedade intelectual gerada ficam no exterior.
À época, um senador chegou a dizer que a Microsoft devia aos cofres públicos US$ 0,47 a cada dólar das receitas com vendas de produtos no país. Ou seja, mesmo com o desenvolvimento, a venda e a clientela localizados nos EUA, o governo recebia metade do imposto gerado.
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