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Metrô fará operação para desafogar estações no Carnaval

A ação prevê organizar o fluxo de passageiros nas estações mais demandadas e reforçar o número de seguranças e de trens em circulação entre sábado (10) e terça-feira (13).

O pacote de medidas promete ser uma resposta ao caos pelo qual o transporte sobre trilhos passou no último final de semana do pré-Carnaval, quando 187 blocos pipocaram pelas ruas da cidade.

No sábado (3), parte da linha 4-amarela, que liga o centro a Pinheiros (zona oeste), a região mais hypada da folia paulistana, precisou operar em esquema de emergência por consequências da superlotação e de atos de sabotagem.

A estação Faria Lima foi fechada por alguns minutos. Na Pinheiros, houve tumulto, empurra-empurra e até confronto entre funcionários da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e foliões.

A Via Quatro, a concessionária da linha 4-amarela, diz que transportou 657 mil passageiros só no dia 3 -o montante é 119% superior ao registrado num sábado comum, que acumula, em média, 300 mil passageiros.

Para Clodoaldo Pelissioni, secretário de transportes metropolitanos da gestão Alckmin (PSDB), as operações do metrô vão seguir nos trilhos da normalidade nos dias da folia oficial "porque muita gente deve viajar e a cidade ficará mais esvaziada."

A operação especial vai centrar fogo nas linhas 4-amarela e 1-azul.

Na linha 1-azul, por exemplo, o metrô calcula que as estações Liberdade, São Joaquim e Paraíso serão as mais procuradas por quem vai desfilar nos blocos da avenida 23 de Maio.

Por isso, nas duas linhas, os trens deverão circular normalmente, sem restrições no número de composições. Nas estações, os acessos de entrada e saída serão diferenciados. Também serão criados bolsões, uma espécie de área delimitada por grades, para controlar o fluxo de passageiros.

Segundo o especialista em segurança, Hugo Tisaka, ordenar uma multidão em filas num espaço delimitado funciona no metrô "porque reduz a velocidade de tráfego de usuários em direção às estações." "Mas para dar certo é preciso organização, equipe treinada, comunicação prévia e muita agilidade", disse.

Na estação Faria Lima, onde está o Largo da Batata, um dos locais de maior dispersão de blocos do Carnaval de São Paulo, a formação do bolsão falhou no último fim de semana por falta de espaço. "Tinha trio elétrico na entrada da estação, que precisou ser fechada tamanho era a quantidade de gente", explicou Pelissioni.

"Conversamos com a prefeitura e a Polícia Militar e esperamos não ver o mesmo problema se repetindo no Carnaval", complementou o secretário.

SABOTAGEM

Mas para a pasta de Transportes Metropolitanos, atos de sabotagem foram a maior causa dos atrasos na circulação dos trens no último final de semana do pré-Carnaval.

Entre sábado (3) e domingo (4), o órgão diz que o "botão soco", usado para abrir as portas dos vagões em situações de risco, foi apertado 39 vezes em todas as cinco linhas do metrô ?25 delas só na linha 4-amarela.

A alavanca de emergência, que trava totalmente a viagem do trem, também foi acionada nove vezes apenas na linha amarela.

A pasta também registrou passageiros sentados nas plataformas com as pernas para dentro da via e até um usuário que tentou embarcar entre os vagões.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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