A opinião é de especialistas da Nasa e de institutos de pesquisa de várias partes do mundo.
Com cerca de 45 metros de diâmetro, o asteroide 2012DA14 tem hoje sua aproximação recorde em relação ao planeta, a uma distância de cerca de 27 mil quilômetros. Ou seja, cerca de 8.000 km mais próximo do que os satélites geoestacionários que circundam a Terra, responsáveis, por exemplo, pelos sistemas de GPS.
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Mesmo com essa proximidade, os cientistas dizem que ele passará sem causar transtornos pelo planeta. E mais: dificilmente poderia ter tido influência no evento desta madrugada na Rússia, que deixou mais de mil feridos e danificou prédios e carros.
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"O asteroide vai do norte para o Sul", afirmou Don Yeomans, chefe do departamento de Objetos Próximos da Terra da Nasa. Segundo ele, a trajetória do objeto que caiu na Rússia não estava compatível com o que se esperaria se estivesse relacionada à passagem do asteroide. Além disso, a queda ocorreu quando o 2012 DA14 ainda estava muito longe de seu ponto máximo de aproximação com nosso planeta.
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Na opinião de Daniela Lazzaro, chefe do projeto Impacton do Observatório Nacional, que monitora asteroides e outros objetos espaciais potencialmente perigosos, a questão da discrepância na direção entre o asteroide e o meteoro é mesmo uma evidência forte de que esses eventos não foram relacionados,
Ela ressalta, porém, que a ocorrência de fenômenos como esse é até bastante comum.
"A diferença é que a maioria acaba caindo no mar ou em grandes zonas desabitadas, onde ninguém acaba se ferindo", avalia.
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Segundo a pesquisadora, é preciso notar que as pessoas não foram feridas pelo meteoro em si, mas pelos efeitos secundários.
"É como se tivesse sido a explosão de uma bomba. Os destroços, os vidros, é que acabaram ferindo as pessoas. É muito difícil que tenha sobrado algum fragmento para ferir alguém", diz ela.
Para a pesquisadora, o evento foi uma fatalidade e não há motivo para pânico.
Os especialistas dizem que ainda é cedo para falar na quantidade de energia liberada ou no tamanho do meteoro, mas acredita-se que ele não tenha sido tenha sido maior do que 10 metros.
"Ele tinha um tamanho até considerável, mas, com o atrito da atmosfera, ele explodiu antes de atingir o chão", detalha Lazzaro.
A queda dos meteorito na Rússia também foi discutida por cientistas planetários que estavam ontem no encontro da AAAS (Associação Americana para o Avanço da Ciência), mas nenhum se arriscou a estabelecer conexão entre o objeto que colidiu com a Terra e o grande asteroide que passou perto do planeta.
"Não existe conexão nenhuma", disse Samuel Kounaves, cientista planetário da Universidade Tufts, de Massachusetts (EUA).
"Meteoritos atingem a Terra o tempo todo, e um asteróide passando a 17 mil milhas de distância provavelmente não tem nada a ver com esse meteorito que caiu na Rússia, a menos que alguém prove o contrário"
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Fonte: FOLHA.COM