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Metade das construtoras do Minha Casa, Minha Vida declaram atraso

De 667 empresas consultadas em junho pela Fundação Getulio Vargas (FGV), 55,7% apontaram atrasos de pelo menos 60 dias nos fluxos de pagamento relacionados ao programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. Além disso, 24,9% afirmam realizar obras no âmbito do programa, ante percentual de 29% verificado em dezembro de 2014.

Os dados são da Sondagem da Construção da FGV, realizada periodicamente pelo Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), e foram levantados por meio de perguntas a 667 empresas do setor a respeito de temas como as expectativas com relação à evolução do volume de obras relacionadas ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – que tem em seu orçamento o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (MCMV). O levantamento compara a conjuntura do primeiro semestre deste ano com o imediatamente anterior, o segundo semestre de 2014.

Entre as empresas atuantes no programa habitacional, 7,2% projetam que o volume de obras aumentará; 35,8% informam que o volume se manterá estável; e 57% que o volume diminuirá para os próximos 12 meses. Em dezembro, estes percentuais eram de 24,5%, 54,8% e 20,7%, respectivamente.

Já a proporção de empresas que realizaram obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) recuou em junho, na comparação com dezembro, ao passar de 43,1% para 32,5%.

Em junho de 2015, a proporção de empresas que afirmaram realizar obras no âmbito do PAC de forma costumeira foi de 32,5% do total, representando uma queda de 10,6 pontos percentuais (p.p.) em relação ao resultado apurado em dezembro de 2014. 

Entre as empresas que informaram atuar no âmbito do PAC, 51,7% preveem que o volume de obras diminuirá nos próximos 12 meses. Em dezembro, este percentual era de 28,1%. Já na outra ponta, as empresas que preveem aumento do volume de obras chegaram a 11,1%, uma redução em relação aos 17,2% de dezembro passado. As que apostam uma estabilidade no volume de obras foram da ordem de 37,2%, ante 54,8% em dezembro.

Em relação aos fluxos de pagamento pelos serviços prestados, 65,2% das empresas relataram que as medições encontram-se atrasadas.

Em dezembro de 2014, o indicador de ímpeto de contratação de mão de obra (para os três meses seguintes) pelas empresas atuantes no PAC apresentou saldo negativo de -11,6 p.p. entre a proporção de empresas prevendo admissões e desligamentos. Em junho de 2015, o saldo negativo retraiu ainda mais, para -27 p.p.. Esses saldos estão
próximos aos encontrados no setor geral: -12,2 p.p., em dezembro, e -25,5 p.p., em junho.

Setor da construção está pessimista de maneira geral

Além dos quesitos sobre o PAC e MCMV, a edição de junho indagou quais seriam os principais aspectos que vem influenciando negativamente os negócios da empresa no momento. Segundo a FGV, quando se compara o resultado para o total do setor da construção com o das empresas que atuam no PAC e no MCMV, não há grandes diferenças entre o perfil das respostas. "Isso sugere que as dificuldades apontadas pelas
empresas abrangem o setor como um todo, independente de atuarem ou não no âmbito dos dois programas federais. Os aspectos que estão influenciando negativamente são, pela ordem, desempenho geral da economia, ambiente político e dificuldades específicas do setor de atuação", aponta o relatório do levantamento.

Fonte: iG

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