Cristiano Ronaldo, Lionel Messi e Manuel Neuer. Caso a Fifa não resolva entregar o Bola de Ouro pela primeira vez a um goleiro, o prêmio de melhor do mundo no ano de 2014 ficará novamente entre os dois atacantes que têm dominado essa disputa recentemente. A última vez que nenhum deles venceu foi em 2007, quando o brasileiro Kaká foi o escolhido.
Ganhador do prêmio quatro vezes consecutivas, entre 2009 e 2012, Messi tem como principal trunfo o fato de ter sido eleito o melhor jogador da Copa do Mundo. Tradicionalmente, a competição exerce influência direta na premiação da Fifa. Foi assim com Romário em 1994, Zidane em 1998, Ronaldo em 2002 e Cannavaro em 2006. A exceção à regra aconteceu em 2010, quando a Espanha foi campeã na África do Sul, mas foi justamente o argentino quem conquistou o Bola de Ouro.
O que pode pesar contra o argentino neste caso específico é o fato de muita gente não ter entendido a razão pela qual foi escolhido o principal destaque do Mundial. Até Joseph Blatter, presidente da Fifa, chegou a admitir isso.
"Acho que foi uma decisão incorreta. Fiquei surpreso quando recebi a decisão do comitê julgador. Eles me disseram que observaram apenas dez dos jogadores que disputaram a decisão da Copa", afirmou Blatter em outubro.
Messi pode não ter sido unanimidade na discussão sobre o melhor da Copa do Mundo, mas certamente teve desempenho superior a Cristiano Ronaldo. O português fez apenas um gol nos três jogos que disputou pela sua seleção, eliminada ainda na fase de grupos.
Por outro lado, o português foi o grande responsável por levar o Real Madrid à conquista da Liga dos Campeões, ao passo que o argentino passou em branco com o Barcelona. Além da vantagem de ter conquistado um título como protagonista em 2014, Ronaldo leva a melhor na comparação individual.
Levando em conta todas as vezes que entrou em campo no ano, seja pela seleção portuguesa ou pelo Real Madrid, ele marcou 63 gols em 63 duelos, o que representa uma média de um gol por duelo. Já Messi disputou quatro partidas a mais e balançou as redes em 59 oportunidades: ou seja, 0,88 gol por jogo.
Fonte: iG