Opinião

Mesmo sem regularização, sites de apostas que atuam no Brasil investem em tecnologia para atrair novos clientes

Basta ligar a televisão durante uma transmissão esportiva e você certamente vai se deparar com alguma publicidade que envolva uma casa de apostas. Seja em um comercial ou estampado na camisa de um time, as empresas que lidam com apostas esportivas estão em todo canto. Essa expansão envolve muitos fatores, inclusive tecnológicos.

Ainda que não estejam regulamentadas no Brasil, as casas de apostas que aceitam pix já são uma realidade no país. Antes, para utilizar os serviços de sites como Bet365, Sportingbet, entre outros, era preciso ter um cartão de crédito internacional. Isso acontece porque boa parte dessas empresas mantêm suas sedes no exterior.

Mas isso tem mudado ao longo dos últimos anos. Pesquisas recentes mostram que existem cerca de 350 sites de apostas esportivas disponíveis para o público brasileiro, em um mercado que movimenta cerca de R$ 12 bilhões, de acordo com estudo da H2 Gambling Consultoria.

Esse alcance cada vez maior tem sido impulsionado não só pela retomada das competições esportivas após a pandemia, mas também pelo interesse do brasileiro na prática, que já está totalmente consolidada em países como EUA e Inglaterra.

A facilidade para utilizar o pagamento em PIX tem sido acompanhada de outras novidades tecnológicas que ajudam o consumidor na hora de fazer uma aposta. Podemos citar também, por exemplo, as atualizações relacionadas à segurança, um dos pontos-chave para quem movimenta quantias financeiras na internet.

Sempre há o receio de disponibilizar dados e acessos em determinados sites, com medos de ataques hackers e vazamento de dados. É por isso que alguns sites estão investindo pesado no uso de criptografia, autenticação em dois fatores e outras formas de proteger os usuários.

Outro ponto importante é a penetração dos smartphones, cada vez mais em voga na sociedade. Atualmente, 3,8 bilhões de pessoas no mundo tem um celular, segundo pesquisa recente da Strategy Analytics. Ou seja, metade dos habitantes do planeta têm acesso a um celular.

Assim, sites têm apostado cada vez mais nos celulares para promover suas plataformas de apostas esportivas. Essa tendência, aliada à tecnologia de nuvem e dados de baixo custo, impulsionou os jogos para dispositivos móveis.

Assim como muitas plataformas têm utilizado o pagamento em Pix, outras apostam nas criptomoedas como forma de interagir com os clientes adeptos das moedas digitais. Sem possibilidade de rastreio e com alta velocidade de transação na internet, as criptos têm sido adotadas por uma parcela que quer apostar sem mexer com bancos e instituições financeiras dos países.

Todos esses aspectos têm feito com que o tema da regulamentação das apostas esportivas tenha ganhado relevância no Brasil ao longo de 2022. Em fevereiro, a Câmara dos Deputados aprovou o texto-base do Marco Regulatório de Jogos.

A proposta libera a construção de cassinos integrados em resorts, além de descriminalizar práticas como jogo do bicho e bingo. O texto está paralisado no Senado e não tem previsão de ser apreciado neste momento.

Além disso, há o decreto assinado por Michel Temer em 2018 que regulamenta de maneira básica alguns tipos de apostas no país. O decreto tem validade de 4 anos e se encerra no fim de 2022, caso Jair Bolsonaro não o renove.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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